Makro quer crescer no País pela segmentação e fidelização
A Makro Cash & Carry apresentou ontem, numa convenção de stakeholders, no Centro de Congressos do Estoril, a sua estratégia futura para o mercado nacional. No ano em que celebra 22 anos em Portugal, a empresa afirmou que dos seus planos faz parte a segmentação e fidelização dos clientes, bem como a consolidação do negócio, ainda que sem planos de expansão de lojas.
O objectivo passa por aumentar a facturação anual da empresa, que em 2010 ascendeu a 400 milhões de euros, e incrementar até 25% a participação das marcas próprias.
No evento foi ainda lançado o mote para os próximos anos: “Não vendemos o que compramos, compramos o que vendemos”, o que significa que sempre que a Makro compra um produto ou cria um serviço «sabe exactamente a quem o vai dirigir, entre os cerca de 300 mil clientes das mais diversas áreas», afirma a empresa em comunicado.
De acordo com o novo presidente da Comissão Executiva da Makro Portugal, Hugo de Geest, a estratégia tem o intuito de «obter parceiros, quer do lado da procura quer do lado da oferta».
Actuando em três segmentos, o de maior potencial para a Makro é o canal Horeca, avaliado em 5.850 milhões de euros e representando 5,5% do PIB de Portugal. Ainda neste segmento, a marca tem uma taxa de penetração de 92% na área de influência das lojas. O comércio alimentar assume também um grande potencial para a Makro, representando 3.200 milhões de euros e 2,0% do PIB nacional. Aqui, a empresa responde por uma taxa de penetração do mercado de 70%. Já no segmento das instituições/empresas/empresários, parte importante do portefólio de clientes da Makro, a penetração da área de influência das lojas é de 37%.
Hugo de Geest assegurou que, em nome dos clientes, «a Makro passou de uma perspectiva global à particularidade de cada cliente individual», destacando ainda a importância do cross-selling, do serviço de delivery, (que representa já 10% da facturação total) e da aposta na pró-actividade da força de vendas para potenciar o negócio.