Leko: Os óculos portugueses que protegem da luz azul (com estilo)

Com o uso crescente de aparelhos electrónicos, a luz azul (emitida pelos ecrãs) tem sido associada à causa de problemas como fadiga, desregulação de sono ou dores de cabeça. Agora, há uma nova marca de óculos anti-luz azul que pretende ajudar a minorar estes problemas. Chama-se Leko Brand e afirma-se mesmo como a primeira marca 100% portuguesa de óculos anti-luz azul.

A marca foi criada António Lessa e Francisco Machado, dois amigos de 22 anos, do Porto, que identificaram a tendência para o uso crescente de óculos anti-luz azul no mercado internacional e quiseram acelerar a sua adopção no mercado nacional. Com uma loja online lançada em Fevereiro passado, este é um negócio digital criado em plena pandemia – mesmo as lentes graduadas podem ser encomendadas online – mas que está prestes a dar o salto para o retalho físico.

Em entrevista à Marketeer, António Lessa, co-fundador, explica a visão da marca.

António Lessa e Francisco Machado

Quando, em que contexto e com que objectivos surgiu a ideia de criar a Leko Brand?

A Leko Brand surgiu com uma simples ideia no ano de 2020. Um dia falaram-me sobre os óculos luz azul e da forma como estes estavam a entrar rapidamente no mercado internacional da óptica. Fizemos uma longa pesquisa sobre o tema da luz azul e vimos que havia uma grande oportunidade a ser estudada e explorada. Estando sempre alinhados em termos de pensamentos estratégicos e inovadores, eu e o Francisco decidimos avançar com a ideia da criação da marca, acreditando no seu sucesso desde o início.

Criámos a marca com o objectivo de oferecer uma solução para este grande problema através de um produto que combinasse o aspecto da segurança com o lado da moda. A nossa ideia foi e sempre será criar uma marca jovem com que o nosso consumidor se identifique, não só apenas pelo nosso produto, mas também com a forma como pensamos e vemos o mundo.

O que distingue a Leko Brand de outras marcas que comercializam óculos anti-luz azul?

A Leko Brand assume-se no mercado internacional óptico como a primeira marca a vender óculos luz azul com ADN 100% português. Somos uma marca jovem e renovada que pretende trazer uma visão de crescimento contínuo sustentado por pessoas dedicadas e inovação actualizadas.

O nosso target são todas as pessoas que têm contacto com ecrãs numa base regular (computadores, telemóveis, televisões, tablets, entre outros) e que pretendem proteger-se da luz azul. Vendemos óculos graduados e não graduados também para pessoas que nunca usaram óculos, mas que querem estar protegidas da luz azul.

Quais os principais problemas associados à exposição à luz azul? E em que medida é que a solução da marca pode contribuir para o bem-estar e saúde?

Em média, cada pessoa passa mais de cinco horas todos os dias a olhar para ecrãs, pelo que a luz azul tem uma grande presença no seu dia-a-dia. Os principais problemas associados a esta sobre-exposição são: fadiga física e mental, cansaço ocular, olhos secos, desregulação de sono e dores de cabeça.

Para ajudar a minimizar todos estes problemas, criámos os óculos Leko, que se apresentam como uma ajuda para a nossa saúde, mas sempre trazendo o lado estético. As lentes dos nossos óculos bloqueiam 100% da luz azul até aos 410 nm (nanómetros) e 30% até aos 450 nm. Assim, os Leko protegem-nos não só da luz azul e da radiação solar UV, como também melhoram o nosso sono, conforto e bem-estar.

Como é composto actualmente o portefólio da marca? E onde são produzidas as armações e as lentes?

Temos neste momento cinco colecções de armações diferentes e estão todas disponíveis no nosso website: Bills, Jeffs, Monroes, Steves e Vincis. Todas as nossas colecções são inspiradas em pessoas que, de alguma forma, nos marcaram e inspiraram em todo o processo de criação de marca.

As armações são produzidas em território internacional, mas a médio/longo prazo pretendemos mudar para território nacional. Acreditamos muito no nosso País e sabemos que há um grande potencial industrial e fabril a ser explorado. Não é por acaso que contamos com a produção das restantes componentes do em Portugal (packaging completo e lentes graduadas com revestimento luz azul).

A Leko Brand nasceu em plena pandemia como um negócio digital. Este é um modelo de negócio que tem funcionado, mesmo no caso dos óculos graduados? E que parcerias estabeleceram na área das lentes graduadas?

A marca foi, de facto, criada numa altura atípica para todos nós, mas aproveitámos a situação e tirámos proveito de algo muito positivo: a transformação digital. A nova era digital já era uma realidade muito presente na nossa sociedade, mas veio a agravar-se ainda mais com a pandemia. Por um lado, as pessoas começaram a ter mais contacto com a luz azul, com o teletrabalho e trabalho remoto. Por outro, o comércio digital começou a ser mais normalizado e as compras online dispararam, algo que também nos favoreceu bastante. Até os nossos óculos graduados são vendidos com bastante frequência.

Neste momento, onde é possível encomendar os óculos da marca?

Actualmente, estamos presentes em dois pontos de venda online: no nosso website e na plataforma de e-Commerce Dott. Adicionalmente, estamos a preparar a entrada da marca em espaços físicos, e já neste mês de Dezembro vão poder ver a Leko Brand presente na sua primeira loja óptica. Este será o caminho a seguir – não só reforçar a nossa presença online, mas também criar uma boa base de espaços físicos.

Qual o volume de vendas da Leko Brand até ao momento?

O volume de vendas da Leko Brand tem sido bastante positivo e tem crescido a uma percentagem regular e sólida. Nunca pensámos crescer tanto em tão pouco tempo, mas tudo isto faz parte da realidade de uma startup. É tudo muito espontâneo, e temos que estar sempre preparados para ser flexíveis e apresentar uma rápida adaptação a alterações.

Pretendemos afirmar-nos como uma marca de renome no mundo óptico e planeamos estar presentes fisicamente em mais países sem ser Portugal. Vão ouvir falar muito de nós ainda, estamos prontos para crescer e queremos deixar uma marca no sector óptico.

Texto de Daniel Almeida

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