Ir ao Anantara e voltar melhor

“Venho convidá-la para um fim-de-semana no Anantara Vilamoura com o objectivo de conhecer a nova carta de tratamentos do Anantara Spa e os novos produtos da Biologique Rechérche, disponíveis neste espaço”.

Resiste-se? Nós não. Por isso, não demorámos a organizar agenda de família para descer ao Sul, na data agendada.

Sexta-feira

Primeiro momento: ir buscar o BMW X3 30e, que nos haveria de conduzir com conforto maior de Lisboa a Vilamoura. Ou não fosse o X3 um grande SUV, para além de híbrido plug-in e, sim, premium!

Neste facelift, a marca voltou a investir e isso nota-se em pequenos pormenores como as luzes LED, os diferentes espaços de arrumação, o maior número de entradas USB – o carregamento para smartphones sem fios é opcional – o sistema de climatização ou o de infotainment que conta com um comando físico (o famoso iDrive), que bem gostamos quando queremos navegar nos muitos menus. Assim que arrancámos, percebemos que era possível escolher vários modos de condução. Como a viagem foi 90% em auto-estrada, optámos pelo Hybrid e, dentro deste, pelo Eco Pro – mais económico! Mesmo assim, e como o modo eléctrico entrou pouco em acção, um depósito de gasolina não chegou para ir ao Algarve e voltar, mas o eléctrico – que carrega em 3 horas ou em cinco, se for doméstico – não se esgotou.

Se o conforto e a qualidade de materiais é mais que nota dominante, assim como o espaço interior – e o de bagageira é mais que suficiente para duas malas e vários sacos, apesar de estar mais reduzido devido aos cabos de carregamento – já a estabilidade não está completamente ao mesmo nível. É claro que este X3 é estável, mas em alguns momentos pode-se bem sentir um ligeiro adornar.

Resumindo, o BMW X3 30e não só não nos deixou a nós indiferentes, como a vários olhares que o cruzaram na viagem. E não fosse o preço – arranca nos 63 mil – ainda ponderaria a compra.

Segundo momento: Chegar ao Anantara ou, melhor, voltar ao Anantara, é reconfirmar que esta continua a ser marca de topo na hotelaria. Para começar, na forma como se recebe, continuando no ambiente e confirmando numa mão cheia de momentos e pormenores que fizeram do fim-de-semana um fim-de-semana de memória.

Como só chegámos mais ao final do dia, tivemos pouco mais que algum tempo para ir até ao quarto, refrescar e seguir até ao EMO, o restaurante no segundo piso do hotel e que desde há anos se tem vindo a impor pelas viagens sensoriais que apresenta. O chef Bruno Viegas é o responsável pelos pecados que por ali se cometem, mas como a ideia era viver um fim-de-semana wellness, o jantar acabou por ser feito de momentos mais leves que caíram bem, entre uma salada, um poke de camarão ou uma espetada de salmão. Tudo em pairing perfeito com o vinho, já que o EMO tem larga colecção de referências vínicas portuguesas e internacionais.

E, para fechar a semana, optámos por deitar “cedo” que o dia seguinte trazia consigo vários pontos na agenda!

Sábado

Terceiro momento: dizem que as camas e as almofadas do Anantara convidam ao sono e ao descanso. Já o tínhamos comprovado em visita anterior. Desta vez, voltamos a assinar por baixo… ou não tivéssemos simplesmente ignorado o despertador e saltado literalmente da cama às 10h. Obrigada pelo sono reparador!

Uma passagem rápida pelo pequeno-almoço, que por ali nunca se pode dizer que não, e seguimos para a suíte presidencial para percebermos melhor por que é que a Biologique Recherche é sinónimo cosmético de bem cuidar e recuperar.

A marca tem 45 anos e como princípio máximo o respeito pela pele. Com provas dadas nestas quatro décadas, chegou no início do ano ao Anantara Spa para melhor tratar quem ali vai. Sim, que no caso da Biologique, nunca é o cliente que pede o tratamento, mas sim o terapeuta em função do que observa num diagnóstico prévio, como as características da pele e o seu nível de estabilidade naquele momento. Por isso, e ao contrário de outras marcas, aqui a máscara vem quase no início – a seguir à loção de limpeza e antes do sérum.

Umas horas a “beber” conhecimento para, depois de almoço, o comprovar num real tratamento. Durante 60 minutos, entregámo-nos nas mãos de quem sabe para termos ainda maiores certezas: começando no ritual de pés, seguindo para o tratamento de rosto – sendo que enquanto a máscara é aplicada e actua, há toda uma massagem sacro craniana que, no meu caso, me adormeceu por completo – e terminando com uma pele mais brilhante e regenerada.

Depois, claro, tempo de descanso até ao jantar, até para não estragar trabalho feito.

Quarto momento: jantar no Ria. O Ria é o restaurante do Anantara conhecido pelo seu peixe fresco e marisco. Mas o Ria é, também, o ponto de apoio à piscina maior do hotel. Cruzando vontades, sabores e tendências, entendeu o chef que fazia sentido introduzir novas propostas para além de hambúrgueres, que nós, qual cobaias, testámos.

A começar num ceviche de corvina, continuando numa tortilha de robalo e atum e prosseguindo com um lobster roll. Claro que isto foi só para abrir hostilidades, seguindo-se umas horas de verdadeiro deleite de marisco, entre ostras fresquíssimas da Ria Formosa, percebes, camarão ou santola, amêijoas e salada de polvo. Não se resiste, insiste-se… e, acredite, guarde ainda um espacinho para o crème brûlée de alecrim, que vai ver que não se arrepende.

Domingo

Quinto momento: uma massagem de assinatura, antes do regresso a Lisboa. São 60 minutos de combinação de técnicas orientais e ocidentais com a experiência Anantara, aliada a movimentos localizados e a uma mistura de óleos essenciais que procura estimular a circulação e promover o relaxamento profundo dos músculos, ao mesmo tempo que restaura o fluxo de energia.

E por fim: Obrigada. Regressei a casa retemperada e feliz!

Texto de M.ª João Vieira Pinto

Artigos relacionados