Ginásio e TV paga são os primeiros cortes dos portugueses

Confrontados com a necessidade de reduzir o orçamento, os portugueses apontam primeiro ao que não é estritamente essencial. O estudo “Christmas 2020 Unboxing” da UPPartner indica que 24,5% anularia a inscrição no ginásio e que 17% abdicaria dos canais pagos de televisão.

Seriam estas as primeiras vítimas de um corte nas despesas. O mesmo estudo comportamental referente ao impacto da pandemia na população portuguesa, desenvolvido em parceria com a Amint e a Multidados, mostra que há algumas diferenças a considerar consoante a idade.

Os mais jovens (dos 20 aos 39 anos) optam por sacrificar em primeiro lugar o ginásio, seguindo-se a televisão paga e as compras online. Por outro lado, as faixas etárias intermédias preferem procurar uma proposta de electricidade mais barata, bem como entidades bancárias sem comissões. Em último lugar, abdicariam de seguros não obrigatórios.

As pessoas com mais de 65 anos têm outras prioridades: electricidade e telecomunicações, nomeadamente operadores de telemóvel, são os primeiros cortes a considerar – através da negociação de contratos.

No geral, sete em cada 10 portugueses estão pessimistas em relação aos efeitos da pandemia na economia nacional. “Este pessimismo é transversal a todas as idades e situações laborais. Como não há uma perspectiva de uma retoma ou um regresso à normalista a curto prazo, os portugueses estão já a fazer contas e a decidir onde podem reduzir as suas despesas”, explica a UPPartner.

O mesmo estudo indica ainda que 29% dos inquiridos assume reduzir a zero os gastos em cinema, teatro ou concertos e que 23,5% não irá gastar um cêntimo em férias. Há também quem planeie reduzir entre 70 e 90% os gastos em restaurantes (22%) e quem aponte a um corte semelhante em moda (23%).

No sentido inverso, 28% dos inquiridos pretende gastar mais em compras online e 30% afirma que vai comprar mais produtos alimentares – comida e bebidas (30%).

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