Gerir através de processos de negócio na era do conhecimento digital

Texto de Alexander Samarin, Architect for Strategy, Good Business Practices and Disruptive Digital Technologies

Para aumentar a produtividade no trabalho, a nossa civilização recorre à separação do trabalho e especialização das pessoas. Para atingirem um objectivo comum, pessoas diferentes fazem actividades diferentes, juntas. Para serem eficientes, o trabalho tem de ser explicitamente coordenado. Por exemplo, encadeamento de tarefas (“belt conveyer”), agendamentos, mapas de conceito, jogos de tabuleiro para crianças e jogos de futebol são exemplos populares de técnicas de coordenação tradicionais.

Na era do conhecimento digital, a coordenação também se tornou digital e foi enriquecida por técnicas de coordenação mais dinâmicas e comportamentais. Por exemplo, um engarrafamento num trajecto seleccionado pode desencadear uma mudança no trajecto de viagem para que se consiga chegar a tempo (algo que os GPS modernos fazem). Business Process Management (BPM) é uma técnica que usa coordenação explicitamente definida (ou processos de negócio) para melhor gerir o funcionamento da empresa, que engloba as aplicações, empregados, clientes e parceiros dentro e fora da empresa.

O topo de gama do BPM
Apesar da indústria do BPM ser constituída por várias ferramentas, existe uma tendência para que estas soluções se tornem numa aplicação baseada no modelo “Patform” (aPaaS), componente indispensável geral na empresa. Esta tendência traz uma combinação tecnologicamente agradável de prototipagem low code, operações cloud fiáveis e flexibilidade ilimitada de micro serviços. Tal combinação é capaz de produzir um grande número de soluções centradas no processo (process-centric). Por exemplo, um dos maiores eventos desportivos na Europa é gerido por uma destas ferramentas, executando imensos workflows (processos de trabalho) bem definidos e estáveis que são desencadeados por regras de negócio de maneiras únicas e imprevisíveis.

Tornar-se digital
Quando as empresas passam para digital, todas as pequenas partes constituintes da empresa (também chamadas de artefactos) tornam-se digitais, muito dinâmicas e interrelacionadas.

Para gerir e transformar uma empresa, estes artefactos têm de ser cuidadosamente geridos em conjunto. Com a velocidade e escala requerida, não há tempo para intervenção humana e erros em operações de rotina ou interfaces – tudo tem de funcionar em perfeição.

Apenas via BPA uma empresa pode, automatizando operações rotineiras, chegar a tal perfeição. Como tal, na era digital, a inovação depende da automatização de processos.

Empresas software-defined
Na conferência BPM, dia 23 de Junho, irei falar acerca dos componentes das empresas software-defined. Por exemplo, metodologias e tecnologias para definir digitalmente, operar e otimizar uma empresa digital.

BPM é uma dessas metodologias.

Artigos relacionados