Exposição da Dove com mulheres portuguesas alerta para as consequências de body shaming

São 13 as mulheres reais que aceitaram o desafio lançado pela Dove de partilharem com a marca os insultos feitos à sua aparência física (body shaming) que mais impactaram negativamente a sua auto-estima.

Figuras públicas e desconhecidas juntam-se na iniciativa para alertar para as consequências que comentários depreciativos têm em quem os ouve – sejam críticas à forma de vestir, ao excesso de peso ou à magreza, à altura ou ao penteado, às marcas no rosto ou à celulite no rabo.

Insultos como “O teu rabo é enorme”, “Com essa altura, só na secção de crianças”, “Tão fit, mas com estrias” ou “Se fosses mais magra eras mais gira” são alguns exemplos de body shaming partilhados por estas 13 mulheres, que contam a sua história e dão também a cara na exposição “De Body Shaming a Body Love”, presente na Praça Central do centro comercial Colombo, em Lisboa.

A exposição surge alinhada com o propósito da marca de garantir que todas as mulheres têm uma experiência de beleza positiva, abordando assim uma problemática que coloca em causa a auto-estima feminina. De facto, e como revela o estudo desenvolvido pela Dove, quase dois terços das mulheres portuguesas (64%) já sofreram ou sofrem de insultos ao seu corpo – seja presencialmente ou nas redes sociais.

A cantora Blaya, a actriz Helena Isabel, as modelos plus-size Catarina Corujo e Carmo Sousa Lara, a feminista Catarina Rochinha e a influenciadora Mariana Rocha estão entre as portuguesas que participam nesta iniciativa e que deixam o seu testemunho sobre as situações negativas que já viveram.

«Se na adolescência diziam que tinha uma cara bonita, mas que era gordinha, como se o peso anulasse a minha beleza, agora oiço muito que já não tenho idade para usar o cabelo tão comprido, por exemplo. Este tipo de comentários depreciativos causam danos irreparáveis na auto-estima da mulher, pelo que devemos pensar duas vezes antes de opinar sobre o corpo do outro, pois não conhecemos a sua história nem o que poderá sofrer com estes julgamentos», destaca Helena Isabel, no evento de inauguração da exposição.

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