Donativos solidários e legumes feios na sopa. Como o Pingo Doce evita o desperdício

Só no ano passado, o Pingo Doce evitou o desperdício de cerca de 10.700 toneladas de alimentos. Para chegar a este número, a cadeia de supermercados da Jerónimo Martins leva a cabo um conjunto de iniciativas, tal como explica Maria João Coelho, directora de Marketing do Pingo Doce.

«Se é um facto que a cozinha e a comida fazem parte da cultura portuguesa, também tem de ser uma realidade o melhor aproveitamento dos alimentos e uma maior sensibilidade para o problema que é o desperdício alimentar», explica a responsável.

Nesse sentido, o Pingo Doce procedeu à medição da sua pegada em termos de desperdício alimentar e, confrontado com dados concretos, procedeu à adopção de medidas pensadas para mitigar o problema.

As cerca de 10.700 toneladas que não acabaram no lixo são justificadas por pelo menos três apostas concretas: doação de alimentos a instituições de solidariedade social (equivalentes a mais de 5.800 toneladas); utilização de legumes considerados feios em sopas e produtos de quarta gama (mais de 3.700 toneladas); e venda com desconto de artigos em final de validade (1.100 toneladas).

Mais recentemente, o Pingo Doce lançou também uma campanha dedicada ao tema, que inclui o livro de receitas “Desperdício Alimentar Zero à Mesa com o Pingo Doce”.

«Se todos fizermos o nosso papel e ponderarmos o que podemos aproveitar e reutilizar, seremos uma comunidade com uma voz activa no combate ao desperdício. Esta luta deve e tem de ser de todos. Os pequenos gestos podem ter impacto, e hoje, mais do que nunca, devemos reforçar o nosso compromisso com esta causa, pelas gerações futuras», acrescenta Maria João Coelho.

Estima-se que, na União Europeia, 89 milhões de toneladas de alimentos adequados para consumo humano sejam perdidas ou desperdiçadas a cada ano. As famílias são responsáveis por 53,6% deste total.

Por cá, cada português desperdiça 100 quilos de alimentos por ano, de acordo com estimativas apontadas pelo Pingo Doce, «na maioria das vezes por desconhecimento do que fazer com as sobras, de como interpretar os prazos de validade ou de como conservar alimentos», explica a directora de Marketing.

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