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Depois de revolucionar a inteligência artificial OpenAI está na mira de Elon Musk
A tecnológica norte-americana OpenAI, que revolucionou o mercado de inteligência artificial (IA), está agora na mira do empresário Elon Musk, 10 anos depois de ter começado como um laboratório de investigação sem fins lucrativos.
Na segunda-feira, enquanto decorria a cimeira de Paris sobre IA, um grupo de investidores liderado por Elon Musk anunciou uma oferta de 97.400 milhões de dólares (94.350 mil milhões de euros) para comprar a OpenAI, mas o presidente executivo (CEO), Sam Altman, recusou imediatamente a proposta.
Aliás, Elon Musk esteve na génese da tecnológica norte-americana, tendo entretanto se desvinculado dela.
Em entrevista à Bloomberg TV, Sam Altman disse que a dona do ChatGPT não está à venda e que o Musk pretende é atrasar a tecnológica de IA.
A OpenAI é operada por uma organização sem fins lucrativos que controla uma entidade chamada OpenAI LP, empresa com fins lucrativos que existe dentro da estrutura da empresa maior, refere a CNN.
O próprio Musk é um concorrente, uma vez que tem a sua própria empresa de IA, a x.AI, fundada em março de 2023 e que tem como meta compreender a verdadeira natureza do universo.
“Gostaria que ele apenas competisse construindo um produto melhor, mas acho que houve muitas táticas”, disse Altman na entrevista.
A Microsoft investiu mais de 10.000 milhões de dólares na empresa, enquanto o SoftBank, segundo a cadeia de televisão norte-americana CNBC, prevê desembolsar 40.000 milhões de dólares numa empresa que poderia alcançar uma avaliação de 300.000 milhões de dólares.
Estas empresas “normalmente não são muito transparentes” nos seus resultados económicos, explicou hoje à EFE Enrique Puertas, professor de IA da Universidade Europeia, referindo-se às contas da OpenAI, que se tornou num gigante tecnológico que revolucionou a IA.
Além do famoso ChatGPT, a OpenAI tem outras ferramentas como Dall-e, que gera imagens, Whisper, um sistema de transcrição de áudio e texto, o Sora, modelo que gera vídeo e que tem um enorme potencial para revolucionar o setor cinematográfico e de jogos, segundo Enrique Puertas.
E agora começou a trabalhar com um novo modelo de linguagem com IA mais avançado que o GPT-4, o o1.
Contudo, a sua hegemonia foi recentemente abalada com a entrada em jogo da chinesa DeepSeek, que afetou as cotações de empresas como a Microsoft, que usa tecnologia da OpenAI, por exemplo.
Atualmente, a OpeanAI está a investigar se a DeepSeek treinou o seu novo ‘chatbot’ repetidamente usando o modelo de IA criado pela empresa de tecnologia sediada em Silicon Valley, segundo o The Wall Street Journal.