Custos do Mundial do Brasil sobem quase 320 M euros

brasilia_aerea_2O custo dos doze estádios de futebol que estão a ser preparados para receber o Campeonato do Mundo, que decorre no próximo ano no Brasil, agravou-se em quase mil milhões de reais (cerca de 319,2 milhões de euros) em menos de um ano, de acordo com o Governo brasileiro. O atraso nas obras está na origem do aumento do investimento público.

As obras, que combinam a construção de novos estádios e a remodelação de outros, ascendem já a oito mil milhões de reais (2,55 mil milhões de euros), anuncia o ministério brasileiro do Desporto num documento relativo ao 5º Balanço do Mundial. Em Dezembro de 2012, altura em que tinha sido feita a última actualização pública dos investimentos relativos ao Mundial, os custos estavam estimados em 7,03 mil milhões de reais (2,24 mil milhões de euros, ao câmbio actual). E em 2010 as obras estavam orçamentadas em 5,3 mil milhões de reais (1,69 mil milhões de euros).

O estádio Mané Garrincha, em Brasília, que terá capacidade para 71 mil espectadores, foi o que apresentou a maior subida dos custos em relação ao ano passado: de mil milhões para 1,4 mil milhões de reais. De resto, apenas o estádio do Castelão, localizado em Fortaleza, apresentou uma descida (cerca de 17%) dos custos, enquanto os restantes 10 estádios subiram ou mantiveram os investimentos.

Quanto aos custos totais da organização do evento (que envolvem, além dos estádios, projectos de mobilidade urbana, intervenções em 20 aeroportos e seis portos, investimentos em telecomunicações, turismo, segurança e defesa e energia) ascendem já a 25,6 mil milhões de reais (8,17 mil milhões de euros).

Neste momento, segundo o ministério brasileiro do Desporto, há seis estádios entregues – que foram utilizados recentemente na Copa das Confederações – e outros seis com previsão de entrega já para o próximo mês. Entre os 12 estádios que estão a ser construídos ou alvo de renovação, apenas os estádios de São Paulo, Porto Alegre e Curitiba são de natureza jurídica privada. Os estádios de Brasília, Rio de Janeiro, Manaus e Cuiabá recebem apenas investimento público, enquanto os de Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Recife e Natal resultam de parcerias público-privadas (PPP’s).

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