A SheIn está de olho em lojas físicas?

Já todos ouvimos falar da SheIn, aquele site que vende tudo e mais alguma coisa – seja vestuário, calçado, acessórios ou objectos variados para casa – a preços muito abaixo dos praticados no comércio tradicional.

A plataforma asiática ganhou particular relevância com uma tendência no TikTok conhecida por “SheIn Haul”, em que criadores de conteúdo abrem uma encomenda gigante e mostram aos seguidores o que adquiriram.

Todo este lado é agradável para quem se interessa pelo mundo da moda numa óptica de consumir, mas no lado de negócio a conversa é diferente, já que os investidores tentam perceber se a SheIn vale de facto 50 mil milhões de euros ou não.

A CincoDías revela que, embora pareça um retalhista online, a realidade não é bem assim. A empresa negoceia com dados, recolhe informações sobre a forma como os consumidores navegam e o que lhes agrada, numa proeza de análise comportamental semelhante ao algoritmo que alimenta o TikTok.

Em seguida, explica a mesma fonte, fornece essas informações a cerca de 5.000 fabricantes, que podem criar pequenos lotes de produtos que são vendidos na plataforma da SheIn. Ao contrário de um retalhista tradicional, não tem o peso da produção em massa, uma rede de lojas físicas ou pilhas de roupa por vender.

De acordo com a Euromonitor International, as vendas globais de vestuário e calçado, excluindo a China, atingirão 1,3 biliões de dólares até 2025. Se a empresa conseguir captar 5% desse valor – a mesma quota que a Nike tem nos EUA -, as suas receitas ultrapassariam os 60 mil milhões de dólares.

Poderá o futuro da SheIn passar por lojas físicas? Talvez, mas por enquanto tudo se mantém igual, apesar de a marca ter cada vez mais concorrentes, como a Temu, que cresceu ainda mais rapidamente, acumulando aproximadamente as mesmas receitas nos EUA em menos de 18 meses, de acordo com o Euromonitor.

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