YouTube já removeu mais de 1 milhão de vídeos sobre o coronavírus
Desde Fevereiro, o YouTube já removeu mais de um milhão de vídeos relacionados com informação considerada perigosa e que tinha na sua base o novo coronavírus. Foram eliminados conteúdos sobre curas falsas ou associados a teorias de conspiração, por exemplo.
«A desinformação passou de marginal a convencional. Não se limita mais a silos isolados de negacionistas do Holocausto ou do 11 de Setembro e passou a estender-se a todos os aspectos da sociedade, espalhando-se por comunidades inteiras com uma velocidade alucinante», alerta Neil Mohan, Chief Product Officer do YouTube.
Segundo o responsável, nenhum tópico escapa a este fenómeno e a plataforma está empenhada em impedir a disseminação de informações enganadoras. Contudo, a abordagem mais eficaz poderá não ser a mais óbvia: embora o YouTube remova quase 10 milhões de vídeos por trimestre – a maioria dos quais nem chega a ter 10 visualizações –, colocar o foco na eliminação não é suficiente.
Neil Mohan explica que o caminho passa por «aumentar o que é bom e diminuir o que é mau», ou seja, aumentar a informação disponibilizada por fontes de confiança e reduzir o número de vídeos com desinformação que pode ser prejudicial.
Na mesma publicação, publicada no blog da Google, o Chief Product Officer explica que identificar claramente conteúdos mal intencionados requer alguns cuidados. No caso da Covid-19, o YouTube conta com a colaboração de especialistas de organizações de saúde, como o CDC ou a OMS, para ir actualizando o seu conhecimento sobre o vírus e a pandemia.
«Alguns irão, provavelmente, discordar da nossa abordagem e pedir-nos para remover ou manter ainda mais conteúdos, mas estou animado com o progresso destes investimentos iniciais. E as nossas equipas estão a trabalhar 24 horas por dia para melhorar os nossos sistemas e desenvolver trabalho fundamental que nos ajuda a combater a desinformação», conclui Neil Mohan.