YouTube faz 15 anos: o que mudou e o que ainda vai mudar

A 14 de Fevereiro de 2005, o YouTube foi registado como um website. É esta a data de nascimento de uma das principais plataformas digitais do mundo e que agora celebra o seu 15.º aniversário. Para assinalar a data, a CEO Susan Wojcicki escreveu uma carta em que sublinha algumas das conquistas, mas também objectivos traçados para o futuro.

«Normalmente, actualizo os criadores a cada trimestre sobre as minhas prioridades e os destaques dos últimos meses. Este ano, e tendo em conta que o YouTube comemora o seu 15.º aniversário, quero dirigir-me a toda a comunidade do YouTube e apresentar a nossa visão para o ano que já se iniciou», explica a responsável.

O que mudou

“Me at the zoo” foi o primeiro vídeo carregado no YouTube e muito mudou desde então. Para surpresa da equipa, muitas pessoas quiseram começar a carregar conteúdos e a partilhar com o mundo momentos do seu dia-a-dia, incluindo danças engraçadas, crianças a fazer algo inesperado ou vídeos com gatos.

«Estes vídeos divertiam-nos, mas também mostravam que havia algo de muito humano na ligação através do vídeo online. Enquanto os media tradicionais mostravam frequentemente versões refinadas e aperfeiçoadas da vida, este meio era diferente; tinha um sentimento cru, honesto e autêntico», sublinha Susan Wojcicki.

Hoje, o YouTube soma mais de dois mil milhões de utilizadores mensais por todo o mundo e são carregadas 500 horas e vídeo, a cada minuto.

O que ainda vai mudar

Para 2020, são várias as mudanças que o YouTube espera levar a cabo, sempre de olhos postos na criação de um local onde todos possam ter voz:

– Aumentar o ecossistema de criadores e ser uma melhor plataforma para os mesmos. Face ao ano anterior. O número de criadores que ganha cinco dígitos anualmente aumentou mais de 40%, mas Susan Wojcicki não quer ficar por aqui. O objectivo é continuar a aumentar a receita e as audiências dos criadores;

– Estabelecimento de parcerias com a indústria da música para aumentar a receita, lançar novos artistas e promover canções. No ano passado, o YouTube pagou mais de três mil milhões de dólares (cerca de 2,7 mil milhões de euros) a esta indústria através de anúncios e assinaturas;

– Trabalhar com empresas de media para ampliar as audiências através de mudanças de horários, novas geografias e novos utilizadores;

– Ajudar os pequenos e grandes anunciantes a encontrar mais clientes. O YouTube promete simplificar as soluções para marcas e torna-las mais eficazes, mantendo o sentido de responsabilidade e a transparência junto dos criadores;

– Continuar a ser o local onde utilizadores vão para se divertir e aprender. Neste caso não se trata exactamente de uma mudança, mas de uma promessa de continuidade: «O YouTube tornou-se a maior biblioteca de vídeos do mundo (…) Sabemos que o YouTube é uma força motriz para a aprendizagem», sublinha a CEO da plataforma. Nesse sentido, estão a investir em conteúdo familiar de qualidade – incluindo o fundo de 100 milhões de dólares (aproximadamente 92,2 milhões de euros) dedicado a conteúdos originais para crianças.

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