Vendas ‘online’ representam 19,5% da faturação das empresas
As vendas de bens e serviços ‘online’ representaram 19,5% da faturação das empresas em 2023, mais 0,5 pontos percentuais que em 2022, atingindo os 76.500 milhões de euros, mais 12,2%, divulgou hoje o INE.
Segundo o ‘Inquérito à utilização de tecnologias da informação e da comunicação nas empresas’, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), “comparativamente à União Europeia (UE-27), Portugal registou proporções inferiores neste indicador em 2020 e 2021, e superiores em 2018 e 2022, registando a mesma proporção em 2019”.
Segundo o INE, no ano passado, 21,2% das empresas efetuaram vendas de bens e/ou serviços através do comércio eletrónico, um aumento de 3,2 pontos percentuais face a 2022.
A proporção destas empresas aumenta com o escalão de pessoal ao serviço: 19,5% nas empresas com 10 a 49 pessoas (+4,1 pontos percentuais face a 2022), 28,3% nas empresas com 50 a 249 pessoas (-1,4 pontos percentuais) e 44,6% nas empresas com 250 ou mais pessoas (+1,6 pontos percentuais).
Por setor de atividade, destacaram-se o ‘alojamento e restauração’, com 34,1% das empresas a efetuarem vendas ‘online’ (+5,9 pontos percentuais face a 2022), seguindo-se o ‘comércio’, com 31,9% (+0,2 pontos percentuais) e a ‘informação e comunicação’ com 31,8% (+11,3 pontos percentuais).
No que se refere à percentagem das vendas de bens e/ou serviços através do comércio eletrónico no total do volume de negócios, continuaram a destacar-se, em 2023, as empresas com 250 ou mais pessoas ao serviço (26,9%).
Todos os escalões de pessoal ao serviço apresentaram aumentos inferiores a 1,0 ponto percentual face a 2022, destacando-se as empresas com 10 a 49 pessoas ao serviço com mais 0,8 pontos percentuais.
Já com dados relativos a 2024, o inquérito do INE aponta ainda que, neste ano, 98,0% das empresas e 50,5% das pessoas ao serviço referem ter acesso à Internet para fins profissionais, mais 1,1 e 1,6 pontos percentuais, respetivamente, do que em 2023.
No mesmo ano, 89,5% das empresas disponibiliza dispositivos portáteis permitindo ligação móvel à Internet para fins profissionais (+3,7 pontos percentuais face a 2022), abrangendo 33,2% do pessoal ao serviço (+5,1 pontos percentuais que em 2022).
Adicionalmente, 80,0% das empresas têm pessoal ao serviço com acesso remoto a pelo menos uma funcionalidade da empresa, seja o sistema de correio eletrónico, documentos da empresa, ou aplicações de gestão ou ‘software’ (+2,8 pontos percentuais que em 2022)
Em 2024, 20,6% das empresas têm pessoal ao serviço especialista em tecnologias de informação de comunicação (TIC, +0,6 pontos percentuais que em 2022), com destaque para o setor de Informação e comunicação, com 80,6%.
Segundo as conclusões do inquérito, no ano passado, 7,4% das empresas recrutaram ou tentaram recrutar especialistas em TIC, sendo que mais de metade (50,5%) destas tiveram dificuldades no preenchimento destes postos de trabalho.
Dados já relativos a 2024 indicam que 95,6% das empresas utilizam pelo menos uma medida de segurança das TIC (+5,8 pontos percentuais face a 2022), sendo as mais utilizadas a autenticação através de uma palavra-passe segura (92,6%), o ‘backup’ de informação em local distinto (78,5%) e o controlo de acesso à rede (67,8%), à semelhança do ano 2022.
Por outro lado, 8,6% das empresas utiliza tecnologias de Inteligência Artificial (IA), mais 0,7 pontos percentuais que em 2023, sendo as mais utilizadas as que analisam linguagem escrita e as que automatizam diferentes fluxos de trabalho ou auxiliam na tomada de decisão.
Em 2024, 23,6% das empresas refere pagar para fazer publicidade na Internet, representando um aumento de 3,6 pontos percentuais face a 2023.
Em 2023, 16,1% das empresas efetuaram vendas ‘web’ para clientes localizados em Portugal, 8,9% em outros países da União Europeia e 5,8% no resto do mundo, representando, face a 2021, aumentos de 0,7, 2,2 e 0,8 pontos percentuais, respetivamente.