Utilizadores de smartphones aceitam publicidade em troca de apps gratuitas

smartphone2A maior parte dos utilizadores de smartphones preferem ter aplicações gratuitas aceitando, em troca, a publicidade que as suporta. De acordo com uma investigação da empresa de estudos de mercado Lab42, levada a cabo em Novembro deste ano, 80% desses utilizadores fizeram downloads de apps com anúncios publicitários. Dados do mesmo mês, recolhidos pela Pontiflex, plataforma para anunciantes que actuam em meios digitais, indicam que é de 12% a percentagem de utilizadores de smartphones que preferiam pagar pelas suas aplicações, adianta a eMarketer.

A Lab42 revela que a maioria dos utilizadores de smartphones clicou, pelo menos, num anúncio inserido na aplicação nos últimos três meses, ainda que tenham sido poucos os que o fizeram muitas vezes. Apesar da elevada eficácia da publicidade mobile, apenas metade do grupo inquirido por aquela empresa se lembrava dos anúncios em que tinha clicado.

Já o relatório da Pontiflex destacou a preferência entre os inquiridos por anúncios que os mantêm na app, em vez de os “puxarem” para um outro browser. Disruptivos são também os anúncios mobile em formato vídeo, com os quais os utilizadores mostraram pouca afinidade.

Anúncios mobile podem ainda incentivar um utilizador de apps a fazer o download de outras aplicações oferecendo, por exemplo, pontos e recompensas dentro de um jogo que o utilizador já esteja a jogar. No entanto, e segundo a pesquisa da Pontiflex, estes esforços são ineficazes.

Mesmo entre os utilizadores que acederam a fazer o download de uma nova app, os incentivos não garantem a sua utilização frequente. De facto, dois entre cinco inquiridos preferem manter os decks dos seus smartphones livres de ícones extra, desinstalando as apps rapidamente.

A publicidade inserida em aplicações afigura-se como uma oportunidade para marketeers. Existem milhões de consumidores que querem produtos gratuitos e estão dispostos a visualizar anúncios em troca. Estes anúncios geram frequentemente taxas de cliques mais elevadas que banners online, mas devem continuar a ser relevantes e evitar a disrupção.

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