“Tenho Voto na Matéria”: UNICEF alerta para a importância da opinião das crianças e jovens

Depois de a UNICEF Portugal ouvir aquilo que mais de dez mil crianças e jovens tinham para dizer no âmbito do Dia Internacional da Democracia, a organização lança agora, dias antes de se decidir o próximo Governo do País, um vídeo que apela a que os decisores políticos escutem os mais novos e ajam face às suas preocupações.

“Tenho voto na matéria” é o nome da iniciativa, que conclui que 80% das crianças e jovens em Portugal considera que nunca ou raramente a sua opinião é tida em conta sobre os assuntos que lhes dizem respeito. Além disso, os temas mais mencionados são a saúde mental, a discriminação, a internet e as redes sociais.

Agora, num momento político decisivo, a UNICEF Portugal lança o vídeo institucional “Caros Líderes Políticos – Tenho Voto na Matéria”, com o objectivo de fomentar um debate público inclusivo durante a campanha eleitoral e criar a possibilidade de crianças e jovens expressarem os seus interesses e preocupações publicamente.

Com assinatura da agência i-Brothers, o vídeo destina-se a “sensibilizar a sociedade e os decisores políticos, de forma a impulsionar a acção política pelos direitos da criança, contribuir para o aprofundamento da democracia e para um diálogo informado e participado sobre a sociedade inclusiva e plural que se ambiciona”, explica a UNICEF, em comunicado.

«As crianças e os jovens mostraram de forma inequívoca que querem participar e ter voz na discussão sobre os temas que mais os preocupam e que mais impactam as suas vidas. É a oportunidade de estabelecer compromissos concretos, de construir uma sociedade mais democrática em que a participação tem de começar muito cedo e independente da capacidade de voto. Estas crianças e jovens ainda não podem votar, mas claramente têm opinião, ideias e propostas que querem debater: têm voto na matéria. Os candidatos devem ouvir aqueles para quem vão governar e as crianças e jovens têm uma perspectiva única sobre a realidade em que crescem e vivem, que deve ser tida em conta numa sociedade verdadeiramente plural e democrática», afirma Beatriz Imperatori, directora-executiva da UNICEF Portugal.

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