Telepizza acompanha novas tendências: «Já vendemos mais de 65 mil pizzas vegan»
A alimentação vegetariana e vegan está a ganhar adeptos em Portugal e a tendência não passou despercebida às cadeias de restauração, incluindo aquelas que são habitualmente descritas como sendo de fast-food. É o caso da Telepizza, que está a reforçar a oferta para consumidores que seguem este tipo de dietas ou que, simplesmente, desejam reduzir o consumo de ingredientes de origem animal.
Das pizzas à sobremesa, são várias as opções já disponíveis, mas João André, director de Marketing da Telepizza Portugal, adianta à Marketeer que há também novidades a caminho. Ainda este ano, a marca apresentará nos seus restaurantes a nível nacional novos produtos neste segmento, até porque os resultados conseguidos até ao momento «são bastante animadores».
De acordo com João André, a Telepizza já vendeu mais de 65 mil pizzas vegan e mais de 200 mil pizzas ovo-lacto-vegetarianas em Portugal. E o País parece ser mesmo pioneiro na área, uma vez que foi o primeiro a disponibilizar uma alternativa vegetal ao queijo, no final de 2019.
Como é composta, neste momento, a oferta de produtos vegetarianos e vegan da Telepizza em Portugal?
A Telepizza disponibiliza vários produtos vegetarianos/vegan ou ovo-lacto-vegetarianos. No campo das pizzas, além da receita sugerida para a pizza Vegetariana, o cliente tem também a possibilidade de criar e personalizar a sua própria pizza de acordo com as suas preferências e dos ingredientes vegetais disponíveis.
Quanto às sobremesas, estas variam entre os pastéis de nata, gelados e gelatina e, no âmbito das entradas, o pão de alho, as batatas dipper e os bites de camembert são algumas das opções ovo-lacto-vegetarianas.
A Telepizza procura sempre antecipar as tendências e é com orgulho que afirmamos que fomos pioneiros na criação de pizzas a gosto 100% vegan com topping vegetal em alternativa ao queijo e claro, também temos as nossas saladas.
Quem procura estas opções? O flexitarianismo também é uma tendência a que estão atentos?
Essencialmente o público mais jovem e urbano. No entanto, a procura tem crescido gradualmente e é cada vez menos fiel a um perfil específico de consumidor. Relativamente à questão do flexitarianismo, é uma tendência a que estamos atentos porque, na realidade, os produtos vegetarianos não se destinam apenas à inclusão dos consumidores que seguem de forma restrita este tipo de alimentação, mas também aos clientes que privilegiam a redução do consumo de carne no seu dia-a-dia.
Que resultados registam até agora?
Os resultados são bastante animadores. Até ao momento, já vendemos mais de 65.000 pizzas vegan e mais de 200.000 pizzas ovo-lacto-vegetarianas.
Quais são os principais desafios ou obstáculos?
Mesmo já oferecendo opções vegan, ovo-lacto-vegetarianas, integrais e sem glúten, neste momento os principais desafios que sentimos são a constante procura pela novidade e a sua respetiva gestão e rentabilização. Hoje em dia, o consumidor é cada vez mais exigente e espera sempre por mais inovação, mas estamos cá para responder e satisfazer essas necessidades e ir ao encontro das expectativas dos nossos clientes, continuando a fazer da Telepizza uma marca relevante, pioneira e líder no delivery.
Tiveram de adaptar de alguma forma as cozinhas para permitir a preparação das opções vegan?
Houve uma adaptação dos nossos procedimentos de confecção, nomeadamente na separação dos produtos vegan dos restantes ingredientes de forma a minimizar ao máximo as possibilidades de “contaminação” cruzada.
Que novos produtos estão a preparar neste sentido e para quando está previsto o lançamento?
Podemos adiantar que estamos a trabalhar em novas pizzas. Somos uma marca customer centric que, em torno das necessidades do cliente, procuramos dar resposta e encontrar soluções proporcionando-lhe uma experiência positiva. Tal como aconteceu em 2011 com os lançamentos das pizzas sem glúten e da massa integral, queremos continuar a ser pioneiros em inovação.
A oferta disponível em Portugal é igual à dos restantes países ou há produtos desenvolvidos especificamente para o mercado nacional?
Cada país tem o seu próprio time to market e, por isso, existem países onde as opções vegan ainda não são comercializadas. Portugal é um dos países que já se lançou nessa área, tendo sido o primeiro a disponibilizar uma alternativa vegetal ao queijo para ir ao encontro das ambições dos clientes vegan.
Como se posiciona Portugal em relação ao resto da Europa?
Estamos em crer que acompanha a tendência, estando à frente de alguns países e atrás de outros, até porque sabemos que existem países com uma “tradição” vegetariana bem mais enraizada do que em Portugal, onde predomina uma alimentação com características mediterrânicas e com fortíssimos atributos em termos de confecção de carne e peixe.
Com que empresas/parceiros trabalham no desenvolvimento destas opções?
Trabalhamos ao nível do grupo empresarial onde nos inserimos (Food Delivery Brands) com diferentes players internacionais (The Vegetarian Butcher, por exemplo) e, localmente, também com parceiros multinacionais, como é caso da Violife.
Texto de Filipa Almeida