Soluções contactless já fazem parte do dia-a-dia de 89% dos portugueses
Os pagamentos através cartões contactless tornaram-se mais comuns durante a pandemia, mas este tipo de tecnologia que faz com que não seja necessária interacção já existe há várias décadas – seja nas portagens, em sistemas de estacionamento electrónicos, através de chaves magnéticas, títulos de transporte ou assistentes de voz digitais, por exemplo.
De acordo com o Barómetro Europeu Consumo do Observador Cetelem, 89% dos portugueses afirma que as soluções contactless estão presentes no seu dia-a-dia. Considerando o período pré-pandemia, 56% indica que já utilizava ferramentas deste tipo.
Os valores mostram-se mais elevados a nível europeu: 73% dos inquiridos pelo Observador Cetelem refere que estas soluções contactless já faziam parte da sua vida antes da pandemia. Os britânicos lideram (88%), seguidos pelos suecos (82%) e checos (81%).
No geral, 46% dos europeus considera que a Covid-19 é o cenário que melhor representa o contactless, já que tornou necessária uma vida com mais distanciamento. Os portugueses (62%) e os italianos (60%) são os que mais concordarm esta ideia.
Verifica-se ainda que 37% dos europeus associa contactless a pagamentos, 35% a comunicações virtuais e 33% a teletrabalho.
Como é a vida sem contacto?
73% dos inquiridos europeus associa, pelo menos, um termo negativo à vida sem contacto e 58% associa um positivo. A palavra “solidão” é a mais mencionada por 43% dos inquiridos e surge em primeiro lugar em todos os países analisados, com excepção da Hungria (que refere “perigo”).
“Tristeza” é o segundo sentimento negativo mais mencionado (31%), à frente de “dificuldade” (23%) e “medo” (21%).
Quanto a termos positivos, “prático” (20%) é um dos mais referidos, bem como “conveniência” (17%) e “progresso” (16%), sendo que Portugal destacou-se como o país menos positivo face a esta vida sem contacto: somente 39% dos inquiridos associa esta realidade a um termo positivo, sendo “conveniência” (11%) o primeiro.
Portugueses confiantes
Embora seja o país menos positivo relativamente à vida contactless, Portugal está entre os que mais confiam na expansão deste tipo de soluções e tecnologias. Questionados sobre quais as entidades responsáveis por controlar a evolução do contactless, 61% dos europeus afirma confiar tanto nas empresas como nos próprios cidadãos e 57% confia nas autoridades locais. Os governos, por seu turno, só recebem a confiança de 54%.
Por outro lado, os portugueses estão entre os que mais confiam nos vários intervenientes: 68% nas autoridades locais, 67% nas empresas, 66% no governo e 64% nos concidadãos.