Sixty Portugal encerra actividade antes do final de 2012
A Sixty Portugal, empresa que explora as marcas de moda Miss Sixty, Killah e Energie, vai dar por terminada a sua actividade em Portugal antes do final do corrente ano, “mantendo apenas os serviços mínimos assegurados”, informa a própria em nota de imprensa. O fim da operação resulta de uma dívida de cerca de 300 milhões de euros junto da banca, por parte da Sixty Spa Itália, situação que já a levou a solicitar protecção de credores junto do tribunal italiano.
A filial portuguesa, “considerada durante muitos anos a mais rentável do universo Sixty”, como faz notar a empresa na mesma missiva, não apresenta, no entanto, qualquer dívida ao Estado, à banca ou a fornecedores, e procurou salvaguardar os interesses dos seus 37 colaboradores.
Assim, a partir do próximo dia 23, o braço português da empresa terá a sua estrutura reduzida ao nível mínimo de serviços, ficando “a aguardar uma decisão externa para proceder à liquidação da sociedade”, reforça.
As cinco lojas próprias exploradas pela Sixty Retail, subsidiária da Sixty Portugal para a área de retalho, fecharam portas no final de Novembro, por incapacidade de fornecimento de mercadoria por parte do grupo italiano Sixty Spa. De facto, na época de Outono/Inverno apenas 30% da mercadoria da colecção chegou a Portugal, o que levou a filial a debater-se com falta de produto para fornecer aos clientes.
De referir que no exercício de 2011 o volume de negócios em Portugal atingiu os 10 milhões de euros. “Os resultados líquidos, apresentados pela Sixty Portugal, foram sempre positivos e com excelentes rácios de rentabilidade. A empresa não tem qualquer dívida ao estado, à banca ou a fornecedores. No entanto, este era um caso isolado do grupo Sixty Spa e os negócios a nível europeu estavam em decréscimo. Em Itália a marca perdeu mesmo protagonismo e as vendas reflectiram essa realidade”, explica a empresa.
Daí que o grupo italiano tenha acabado por vender as marcas Miss Sixty, Killah e Energie, a um fundo de investimento chinês. A companhia abandonará a sua representação já no início de 2013. As marcas deverão continuar a ser comercializadas a nível mundial e, provavelmente também em Portugal, mas “através de agentes independentes”, refere.