Shein proíbe o uso de algodão chinês nos produtos vendidos nos Estados Unidos

A Shein revelou que exige que os seus fabricantes utilizem exclusivamente algodão proveniente de regiões aprovadas, excluindo a China, nos artigos comercializados nos Estados Unidos.

Entre as fontes aprovadas de algodão encontram-se países como a Austrália, o Brasil, a Índia, os Estados Unidos e, “em casos limitados”, algumas nações da Europa, Médio Oriente, África e Sudeste Asiático. Esta política foi detalhada em provas escritas submetidas pela Shein a uma comissão parlamentar britânica, publicadas na mesma data.

A medida visa garantir conformidade com a Lei de Prevenção do Trabalho Forçado Uigur, legislação norte-americana que impede a entrada de produtos fabricados com trabalho forçado na China. A Shein tem enfrentado acusações de que os seus produtos contêm algodão proveniente da província chinesa de Xinjiang, onde o governo chinês é acusado por organizações não governamentais e pelos Estados Unidos de trabalho forçado e violações dos direitos humanos – alegações que Pequim nega.

A Shein, que opera em 150 mercados globais, esclareceu que o seu código de conduta para fornecedores, o qual proíbe qualquer forma de trabalho forçado, é aplicável independentemente do país onde os seus produtos são vendidos.

No entanto, a empresa não especificou se a política relativa às fontes aprovadas de algodão se estende a outros mercados, como o Reino Unido, onde a Shein está a considerar uma entrada na bolsa de Londres.

Durante uma audição parlamentar realizada no dia 7 de janeiro, uma advogada da Shein apresentou provas orais, mas recusou-se a responder diretamente às questões dos legisladores sobre a utilização de algodão chinês pela empresa. O presidente da comissão, Liam Byrne, classificou a postura como próxima de desrespeito pela comissão.

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