Shein contorna tarifas de Trump com incentivos à mudança da produção para o Vietname

A recente medida do presidente Donald Trump de colocar um ponto final na isenção tributária para pequenas encomendas, abalou o modelo de negócio da Shein enfrenta que agora desafios para manter os seus preços tão baixos nos Estados Unidos. A retalhista chinesa, no entanto, já está à procura de soluções para contornar as novas tarifas aplicadas pelo recém-empossado presidente dos EUA.

De acordo com a Bloomberg, a Shein começou a oferecer incentivos como aumento dos preços de compra em até 30% para os seus fornecedores chineses transferirem a produção para o Vietname, contornando assim as tarifas de importação.

A mudança de local ajudaria o gigante asiático, que foi particularmente afetado pela introdução de tarifas sobre importações da China e pela abolição da regra de minimis que permite que pedidos de baixo valor sejam isentos de tarifas.

Paralelamente, a retalhista chinesa de moda Temu, principal concorrente da Shein, também está à procura de medidas para combater a nova política tarifária imposta por Trump.

Recorde-se que durante a pandemia, a Shein e a Temu cresceram exponencialmente, aproveitando uma lacuna no código tributário americano conhecida como “minimis”, que permitia a isenção de impostos para encomendas abaixo de 800 dólares. Enquanto as empresas tradicionais, como a Gap e a H&M, pagavam milhões em tarifas de importação, a Shein e a Temu evitavam esses custos ao enviar diretamente da China para os consumidores. Essa vantagem permitiu que dominassem o mercado de moda acessível.

Com a imposição de uma tarifa de 10% sobre produtos importados da China e o fim da isenção de “de minimis”, o cenário mudou drasticamente.

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