Sector dos festivais volta em força, mas falta mão-de-obra especializada

Os festivais estão de volta em força depois de dois anos de paragem devido à pandemia. Contudo, se por um lado tanto festivaleiros como organizadores estão entusiasmados pelo regresso destes eventos, por outro a indústria regista uma escassez generalizada de trabalhadores qualificados.

De acordo com um estudo da Professional Lighting and Sound Association, quase 70% das empresas inquiridas no final de 2021 relata uma escassez de trabalhadores qualificados. Engenheiros e técnicos de palco foram os mais procurados.

«A escassez de pessoal pode tornar-se um problema particularmente preocupante quando se trata de pessoal de segurança. Em alguns casos, isso pode significar inclusive a não realização de um evento. Relativamente a outras tarefas cruciais para a segurança, os organizadores têm de se certificar que avaliam correctamente os fornecedores para garantir que o evento é realizado de forma profissional», diz, em comunicado, Michael Furtschegger, director-geral de Entretenimento da Allianz Global Corporate & Specialty.

Além da escassez de pessoal, as restrições nas verbas para os eventos também se podem tornar um problema para o sector, já que com a realização de mais eventos em simultâneo, aumenta também a procura por equipamentos, muitas vezes alugados a empresas com recursos limitados.

De forma semelhante, embora a escassez global de semicondutores tenha diminuído, a probabilidade de se verificarem constrangimentos na organização de festivais e outros grandes eventos continua a ser elevada, uma vez que pode haver escassez de outros componentes.

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