Rir nem sempre é o melhor remédio para as marcas
De acordo com um estudo da Ace Metrix, empresa de consultoria que mede audiências e outros indicadores a nível global, os anúncios televisivos considerados engraçados não são necessariamente tão eficazes quanto os anúncios de cariz informativo, no que diz respeito às vendas.
Segundo o inquérito da Ace Metrix, citado pela Ad Age, um em cada cinco anúncios que passam na televisão são divertidos, e até geram maior atenção e empatia por parte dos consumidores. Porém, o grau de diversão tem uma baixa correlação com a eficácia, e os anúncios engraçados até são ligeiramente menos prováveis de despertar desejo ou intenção de compra do que os que não o são, conclui.
Desta forma, não basta que o anúncio seja divertido. Embora este seja um atributo fundamental para captar a atenção e evitar que os utilizadores mudem de canal, tem simultaneamente que ser relevante e informativo. «Estes são os factores que fazem com que um anúncio realmente funcione», defende Peter Daboll, CEO da Ace Metrix.
Para apurar o grau de diversão dos anúncios, a Ace Metrix recorreu a um sistema de avaliação que consiste na análise semântica, cada vez mais utilizada para analisar os anúncios virais nas redes sociais, nota a Ad Age. Através de questionários abertos, a empresa classificou como sendo “divertidos” todos os anúncios que foram descritos como “engraçado”, “hilariante”, “boa piada”, “lol”, “lmfao” ou outros termos semelhantes, por pelo menos 20 inquiridos, de um mínimo de 500. Quantas mais pessoas achassem um determinado anúncio divertido, maior o seu grau de “diversão”, explica a Ad Age.
Segundo o estudo da Ace Metrix, o anúncio mais divertido, entre os 6500 anúncios que foram para o ar nos Estados Unidos entre Janeiro de 2011 e Março de 2012, pertence à marca de fraldas Huggies. Com criatividade da Ogilvy & Mather, o filme obteve 1214 pontos no índice de diversão, 12 vezes mais do que a média.
Veja o vídeo que lidera a lista da Ace Metrix.