Reclamações sobre Uber Eats e Glovo aumentam 271%

Entre Março e Setembro deste ano, o número de reclamações dirigidos à Uber Eats e à Glovo aumentou 271% face ao período homólogo de 2019.

Nesse período foram registadas, pelo Porta da Queixa, 1975 dirigidas à Uber Eats (78%) e Glovo (21%). No entanto, no período em análise, foi a Glovo que, em 2020, assistiu ao aumento exponencial do volume de reclamações face a 2019 (638 %), sendo que, a Uber Eats registou uma subida de (226%).

Os principais motivos das reclamações são o pedido de reembolso por falha da entrega (28%), o atraso nas entregas (24%) e produtos em falta (14%). E há ainda consumidores a denunciar que ficaram sem o dinheiro e sem a refeição.

Segundo o estudo, o principal motivo destes problemas deve-se à atitude pouco profissional dos estafetas e na enorme dificuldade que os clientes têm na resolução do problema num curto espaço de tempo.

«Não é admissível que empresas de transporte de alimentos, que foram previamente pagos pelo consumidor, não assumam a responsabilidade e o compromisso da entrega, deixando os clientes sem possibilidade de efectuarem as suas refeições, condicionando a sua acção de reclamação dos seus direitos, ao escudarem-se numa aplicação sem o apoio ao cliente próximo e ágil que seria expectável e exigível», critica Pedro Lourenço, CEO do Portal da Queixa e fundador da Consumers Trust.

O responsável reconhece que o contexto da pandemia de Covid-19 impulsionou uma maior procura, por parte dos portugueses, pelos serviços de entrega ao domicílio. Mas refere que muitas empresas revelaram não estarem preparadas a nível logístico para dar resposta à adesão verificada. «Essa situação criou vários constrangimentos entre marcas e consumidores que, nesta altura (seis meses depois do início da pandemia), já deveriam estar resolvidos.»

A análise indica que o target de 25 a 34 anos lidera as reclamações registadas no Portal da Queixa, sendo responsáveis por 41% das mesmas.

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