Reclamações disparam 62% em Portugal e ecommerce é o principal motivo

Correio, Transporte e Logística foi o sector com mais reclamações registadas no Portal da Queixa, no ano passado. Se, em 2019, os portugueses recorreram a esta plataforma online para partilhar 10.647 problemas com a entrega de encomendas ou envios extraviados, por exemplo, este ano, o número de reclamações subiu para 26.970, ou seja, mais 153%.

Comunicações, TV e Media aparece logo a seguir, com um total de 17.719 queixas e um aumento de 57% em relação a 2019. O top 5 é completado por Serviços de Administração Pública (16.602 queixas), Comércio de Tecnologia (11.525) e Comércio de Moda e Vestuário (9.442).

Quanto aos sectores com maior taxa de crescimento entre 2019 e 2020, o Portal da Queixa aponta para Comércio de Moda e Vestuário (+197%), Correio, Transporte e Logística (+153%)), Mobiliário, Decoração e Electrodomésticos (+150%), Comércio de Tecnologia (+138%) e Saúde (+132%).

No total, registaram-se mais de 163 mil reclamações em 2020, numa média de 450 por dia. Trata-se de um aumento de 61,9% em relação ao ano anterior, sendo que o principal motivo de reclamações diz respeito ao comércio electrónico.

Correio, Transporte e logística

 

 

 

 

 

 

 

Comunicações, TV e Media

 

 

 

 

Serviços de Administração Pública

 

 

 

 

 

 

 

Comércio de Tecnologia e Grande Consumo

 

 

 

 

Entregas ao Domicílio e Restauração

 

 

 

Fornecedores de Electricidade

 

 

 

 

 

«O ano 2020, caracterizou-se, sem dúvida, por ser atípico devido à pandemia de Covid-19, contudo, apenas veio acelerar uma tendência há muito anunciada, relativa à transição digital da maioria dos consumidores», comenta Pedro Lourenço, CEO do Portal da Queixa e founder da Consumers Trust.

Segundo o responsável, a rápida mudança de comportamento provocou algumas dificuldades de adaptação e levou as marcas a procurarem novas formas de se relacionarem com os clientes, nomeadamente o digital. Do lado dos consumidores, a pandemia também veio demonstrar como parte da população ainda não tem as competências necessárias para comprar online.

 

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