Que dados está disposto a partilhar em troca de anúncios personalizados?
Depois de uma pesquisa no Google por camisolas amarelas, é natural que comecem a surgir anúncios de artigos semelhantes aquando da visita a outros sites ou redes sociais. As marcas analisam o comportamento online dos consumidores para tentarem oferecer conteúdos que vão ao encontro das suas necessidades ou desejos.
No entanto, este tipo de estratégia assenta, regra geral, em cookies, que em breve deixarão de ser permitidas no Google. Que alternativa resta, então, às marcas? Uma possibilidade é pedir aos consumidores para disponibilizarem voluntariamente os seus dados e interesses.
Segundo um estudo elaborado pela agência A Million Ads, no Reino Unido, 61% dos inquiridos está muito ou moderadamente disponível para ver anúncios personalizados se isso significa que o acesso a determinado conteúdo se mantém gratuito.
Resta saber que dados é que os internautas estão dispostos a ceder: 66% não se importa de indicar o género, 57% desvenda a idade e 53% os seus interesses/preferências. Também há quem não tenha problemas em indicar o idioma (53%), partilhar o comportamento de navegação (30%), o nome (26%) ou os rendimentos do agregado familiar (17%).
O mesmo estudo da A Million Ads mostra ainda que 77% dos inquiridos revela descontentamento quando vê o mesmo anúncio muitas vezes. Nesse sentido, será importante encontrar mecanismos que garantam rotatividade e actualização dos conteúdos apresentados.