Quase três quartos das portuguesas limitam gastos para poupar o planeta

Um novo estudo da Intrum mostra uma evolução dos hábitos de consumo da população feminina: preocupações com a sustentabilidade motivam 71% das mulheres inquiridas a limitar os seus gastos. No entanto, 76% não consegue suportar o estilo de vida ecológico que gostaria de ter – valor que supera a média europeia de 61% e os 69% encontrados junto dos consumidores masculinos.

Fruto do período de isolamento e dos acontecimentos que têm ocorrido a nível mundial, a consciência da necessidade de mudar o estilo de vida acentuou-se e, quando questionadas sobre a temática da sustentabilidade, as mulheres portuguesas mostram-se interessadas no assunto. A nível de refeições 72% declara que aproveita mais as sobras dos alimentos do que anteriormente, superando o valor médio de 61% das mulheres europeias. Desta forma, adiam a compra de novos alimentos e reduzem o impacto que o desperdício alimentar teria no ambiente.

«Embora seja verdade que as intenções do consumidor nem sempre se traduzem em acção, as empresas devem estar atentas à tendência crescente sobre as preocupações com a sustentabilidade, garantindo a fidelização desses clientes e protegendo o seu negócio e o fluxo de tesouraria», comenta, em comunicado, Luís Salvaterra, director-geral da Intrum Portugal.

Num total de mil inquiridos, dos quais 493 eram mulheres, o estudo revela ainda que o tema “pandemia” continua presente na mente dos consumidores – 55% prevê que a Covid-19 terá um impacto negativo nas suas finanças durante, pelo menos, mais 12 meses, um valor superior à média europeia que se situa nos 43%. Esta preocupação fica especialmente patente no género feminino, com 59% a recear que o seu bem-estar financeiro só se deverá estabilizar após o intervalo de um ano.

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