Quarentena impulsiona qualidade do sono e o número de horas dormidas
Nem tudo parecem ser más notícias quando o tema é o novo coronavírus: dados da Fitbit mostram que a quarentena está a ajudar a dormir mais e melhor. Num estudo elaborado a pedido da Fast Company, a empresa dedicada a equipamentos de fitness e monitorização do sono revela que os seus utilizadores estão a dormir, em média, mais 17 minutos do que em Janeiro, antes da pandemia.
O estudo tem por base dados de utilizadores de equipamentos Fitbit de seis cidades norte-americanas e compara os seus hábitos e comportamentos antes do COVID-19 e agora. Por entre esta amostra, 36% passou a dormir mais 30 minutos.
Uma justificação possível está relacionada com o facto de o teletrabalho ter eliminado a necessidade de deslocações. Sem ter de apanhar um autocarro ou o metro, os trabalhadores podem dedicar esses minutos à cama.
Quanto à qualidade do sono, a Fitbit diz que também se verificam melhorias. Os utilizadores desta marca contam, regra geral, com uma pontuação de entre 72 e 83 (num total possível de 100). Porém, agora, nota-se um aumento de 1,8 pontos.
Dados da marca de colchões Eight Sleep apontam para uma direcção semelhante: os seus clientes estão a acordar, em média, 26 minutos mais tarde nos dias úteis. Quanto à hora de ir para a cama, a Eight Sleep não regista alterações significativas, ao passo que a Fitbit indica que os seus utilizadores passaram a ir dormir 16 minutos mais tarde.
Mas e quem está a dormir pior?
Quem não se revê nestes dados poderá estar a levar a cabo outro tipos de comportamentos que influenciam a qualidade e a quantidade de horas dormidas. O aumento do consumo de álcool é exemplo disso, mas também o tempo passado em frente aos ecrãs.
«A luz emitida pelos ecrãs pode afectar a produção de melatonina, que pode impactar negativamente o sono», explica Neil Leibowitz, Chief Medical Officer da Talkspace. Segundo o especialista, o tempo passado ao ecrã está a atingir valores históricos.
Junta-se ainda o exercício físico, ou falta dele. A Fitbit fiz que a actividade física caiu entre 15 e 20% em zonas metropolitanas como Los Angeles, Boston ou Nova Iorque. Já a Evidation Health aponta para uma quebra de 48%, entre 1 de Março e 6 de Abril.