Prevê-se estabilidade para o sector segurador em 2021

Olhando para 2021, 67% das seguradoras em Portugal pretende manter o número de colaboradores. Trata-se de um número que confere alguma estabilidade ao sector até porque, em 2019, essa percentagem era de 56%.

Os dados são do estudo da Mercer “Total Compensation – Sector Segurador 2020”. Apesar do cenário positivo, destaque para que, em 2019, 22% das empresas do sector manifestavam a intenção de aumentar o número de colaboradores no ano seguinte. Em 2020, esse número reduz para 11%. No que respeita à intenção de reduzir o número de postos de trabalho é semelhante ao do último ano – 22%.

Quanto a incrementos salariais, os factores que mais condicionam o sector são os resultados individuais do colaborador (89%), grelha salarial (78%) e os resultados da empresa (67%). factores como antiguidade e o nível funcional são as características menos influentes na atribuição do incremento salarial. A tendência observada na amostra revela que a maioria das empresas pratica a revisão salarial uma vez por ano, sendo que 50% realiza no mês de Abril, seguindo-se Janeiro (20%) e Julho (20%).

«Em 2020, fruto da inesperada situação de pandemia e dos seus impactos na economia, o número de empresas que manifestou a intenção de congelar os incrementos salariais não contratualizados de forma a não promover o aumento da massa salarial na sua estrutura de custos aumentou significativamente», refere Marta Dias Gonçalves, Surveys Leader da Mercer.

Analisando a variação salarial face ao último ano, o estudo observa que, globalmente, a variação foi ligeiramente positiva. No entanto, numa análise por grupo funcional, observa-se um aumento mais relevante para os grupos de quadros superiores, chefias Intermédias e direcção-geral e uma variação negativa para os grupos de directores de 1ª linha, comerciais e administrativos/ operacionais.

O estudo apura ainda que, em termos de benefícios para os colaboradores, 67% das empresas revela atribuir incentivos de longo prazo, 71% concede subsídio escolar para apoio à educação dos filhos dos colaboradores e 43% oferece subsídio de cresce. Por último, o automóvel é um benefício atribuído em 90% das seguradoras em Portugal.

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