Portugueses são mais emocionais do que racionais a comprar comida para animais

Os portugueses com animais de estimação em casa que têm de comprar produtos alimentares para os seus companheiros fazem as suas escolhas com base na saúde e bem-estar dos mesmos. A conclusão é da Kantar Worldpanel, segundo a qual “o comprador actual de Pet Food procura muito mais do que somente uma ração regular”.

Prolongar os anos de vida e proporcionar momentos e experiências únicas aos animais serão as principais motivações no momento da compra. Segundo a mesma análise, a categoria de Pet Food atinge mais de 62% dos lares portugueses e, no ano passado, verificou-se até – apesar da pandemia – um aumento da frequência de visita às lojas. Também o investimento na alimentação dos animais de estimação aumentou.

A Kantar Worldpanel sublinha ainda que os lares sem filhos foram os que mais apostaram nesta categoria, no último ano, “o que reforça a necessidade de uma companhia extra num ano tão difícil”.

Por outro lado, nota-se um crescimento transversal em termos de canais de venda: tanto a Distribuição Moderna como os canais especializados e online registaram compradores mais regulares e que investiram mais.

Quanto ao tipo de produtos mais procurados, destaque para aqueles que garantem uma refeição diferenciada ou que representam um mimo. Estas são as categorias com mais novos compradores. “Assim, a tendência do aumento da procura por alimentos de indulgência no FMCG acaba por ocorrer também em Pet Food, ou seja, o comprador aposta num miminho para si, mas também proporciona essa experiência ao seu fiel companheiro”, indica a empresa de estudos de mercado.

Por outro lado, os produtos que oferecem a alimentação básica também apresentam um crescimento. Além disso, têm um comprador mais dedicado e que aumenta o valor investido na categoria, embora já não esteja disponível para fazer stock como acontecia antes do início da pandemia.

A preocupação com o bem-estar dos animais nota-se também no interesse por produtos com características de nutrição diferenciadoras. Alimentação biológica e orgânica, por exemplo, continuam a atingir somente um nicho do mercado, mas verificam-se sinais positivos de atractividade.

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