Poder de compra de 42% dos portugueses caiu no último ano

O aumento dos preços dos produtos de uso diário (64%), dos combustíveis (59%) e da energia (57%) são os factores mais identificados pelos portugueses para justificar a quebra do poder de compra. Seguem-se o aumento das despesas fixas (34%) e dos custos com a habitação (32%). De acordo com o estudo “Observador Cetelem Consumo”, 42% dos portugueses indica que o seu poder de compra diminuiu nos últimos 12 meses.

Olhando para os dados tendo em conta características como género, idade e classe social, o estudo conclui que o poder de compra diminuiu mais junto dos inquiridos do género feminino (45%), daqueles com mais de 65 anos (52%) e dos que pertencem a classes com menores rendimentos (63%). Já numa avaliação por região, os portugueses inquiridos residentes na região Centro foram aqueles que mais sentiram o seu poder de compra diminuir (61% Centro vs. 48% Sul vs. 34% Norte).

Observador Cetelem revela ainda que, por outro lado, 44% dos portugueses considera que o seu poder de compra permaneceu estável e que 13% registou o comportamento inverso, apontando para um aumento do poder de compra nos últimos 12 meses. Face ao inquérito de Novembro de 2021, regista-se uma descida de 8 pontos percentuais no número de pessoas a considerar que o poder de compra aumentou ou permaneceu estável.

Quanto ao possível impacto da guerra na Ucrânia no poder de compra dos portugueses, o estudo mostra que 52% aceita que o seu poder de compra venha a diminuir como consequência do conflito. Os jovens são os consumidores mais compreensivos face a esta situação, nomeadamente dos 25 aos 34 anos (58%) e dos 18 aos 24 anos (57%). Os residentes na Zona Metropolitana do Porto demonstram-se também mais compreensivos do que os de Lisboa (63% vs. 49%).

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