Pingo Doce, Continente ou Auchan? Supermercados começam a vender testes à Covid-19

A publicação da Portaria N.º 56 em Diário da República, no passado dia 12 de Março, permite que auto-testes à Covid-19 passem a ser vendidos ao público, não sendo necessário o acompanhamento de profissionais de saúde na sua realização. Perante esta possibilidade, as farmácias e parafarmácias muniram-se de testes e prepararam a sua entrada neste mercado – e os supermercados não quiseram ficar de fora.

Os retalhistas com espaços de saúde habilitados à venda de medicamentos não sujeitos a receita médica já confirmaram a venda de testes nas suas lojas, nomeadamente Pingo Doce, Continente e Auchan.

No caso do Pingo Doce, a venda de auto-testes de detecção da Covid-19 arrancou ontem na região de Lisboa, mas inicia o seu processo de alargamento ao resto do território nacional hoje. Podem ser encontrados nos espaços Bem Estar em caixas de 25 unidades, com o preço de 6,79 euros por teste, o que significa que o preço final do produto será 169,75 euros. O Pingo Doce informa ainda que os resultados são obtidos no prazo de 15 a 30 minutos.

Quanto ao Continente, a venda de testes rápidos de diagnóstico Covid-19, da Roche Diagnósticos, inicia-se hoje nas lojas Well’s, de Norte a Sul. Segundo a insígnia de saúde da Sonae MC, o objectivo é “antecipar os cuidados de saúde pública e ajudar a implementar as medidas de isolamento para conter a transmissão do vírus em Portugal”.

Os testes rápidos de antigénio (TRAg) da Roche também permitem uma resposta rápida entre os 15 e os 30 minutos, sendo que prometem um procedimento menos invasivo uma vez que recorrem a amostras da zona nasal interna (em vez da nasofaringe). Neste caso, são vendidos de forma unitária por 6,99 euros. Embora possam ser realizados por pessoas de qualquer idade, a sua venda só é permitida a maiores de 18 anos.

«A parceria estabelecida com a companhia de diagnósticos do grupo Roche, um dos mais reconhecidos grupos farmacêuticos do mundo, foi determinante para permitir à Well’s disponibilizar os primeiros auto-testes de diagnóstico Covid-19 a todos os portugueses. Com mais de 280 lojas em todo o País, pretendemos contribuir para a protecção da saúde pública disponibilizando testes de auto-diagnóstico, assim como informação fundamental para a sua correcta utilização. A maioria das lojas Well’s irá disponibilizar os testes já esta quinta-feira, sendo que durante o dia de sexta-feira todas as restantes lojas de Portugal Continental disponibilizarão o teste», adianta João Cília, director-geral da Well’s.

O Auchan será, entre os que já confirmaram a venda de testes rápidos de antigénio SARS Cov-2, o que demorará mais tempo a levar este produto às prateleiras. A comercialização arranca só na próxima semana nos espaços A Minha Saúde e Bem-Estar, localizados nos hipermercados da cadeia de retalho.

São testes produzidos pela SD Bionsensor e distribuídos em Portugal pela Roche, segundo informa a Auchan Retail Portugal em comunicado. Vão estar disponíveis em embalagens individuais e em caixas de 25 unidades, com um preço de 6,99 euros e 6,79 euros, respectivamente.

Também só poderão ser adquiridos por pessoas com 18 ou mais anos e a empresa sublinha que a realização dos testes é da inteira responsabilidade do cliente – embora esteja prevista a presença de equipas com a informação necessária para apoiar os consumidores. Os resultados chegam entre 15 e 30 minutos depois.

Segundo Inês Matos, directora de Nutrição, Saúde e Bem-Estar da Auchan Retail Portugal, «a disponibilização destes testes nos Espaços de Saúde e Bem-Estar permite ir ao encontro das necessidades dos clientes e tentar simplificar processos nesta altura tão crítica». A responsável afirma ainda que as principais vantagens destes testes são a possibilidade de aumentar a frequência de testagem e a melhoria da acessibilidade aos mesmos.

«A partir de agora, os clientes passam a ter uma alternativa à compra destes testes, ao melhor preço, que, até ao momento, não estavam disponíveis para auto-diagnóstico, mas apenas para uso profissional», lembra Inês Matos.

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