Pestana Hotel Group: Somos apenas hóspedes do planeta

O Pestana Hotel Group foi fundado em 1972 na ilha da Madeira, conhecida eternamente como a “Pérola do Atlântico”. Pela sua posição geográfica, e por ter o Turismo no coração do seu negócio, o grupo denotou, desde sempre, uma preocupação com o desenvolvimento responsável da sua actividade e o seu impacto para a sustentabilidade da região insular e de todas as outras geografias para onde foi expandindo a sua rede, como São Tomé e Príncipe, Moçambique ou África do Sul.

Ciente do seu papel como principal grupo hoteleiro nacional e um dos maiores do mundo, em 2009 o Pestana Hotel Group criou o programa de sustentabilidade e responsabilidade social Pestana Planet Guest, por forma a organizar e propagar muitas das práticas sustentáveis implementadas nos diferentes projectos do grupo e na sua operação diária.

«Algo que, para muitos, seria uma adversidade (desenvolver uma actividade económica num local perdido no meio do Atlântico), para nós foi um estímulo e um desafio. Desde o primeiro momento, percebemos que os três pilares do desenvolvimento sustentável faziam ainda mais sentido: ambientalmente, porque o espaço terrestre era limitado; socialmente, porque o isolamento e o convívio permanente não nos permitiam fechar os olhos aos problemas dos outros; economicamente, porque a distância e os difíceis acessos obrigavam a procurar novas e inovadoras formas de impulsionar o nosso negócio», explana Luís Castanheira Lopes, administrador do Pestana Hotel Group.

Em 2019, por altura da celebração do 10.º aniversário, o programa Pestana Planet Guest foi reestruturado, centrando-se em seis grandes áreas de actuação: relação e apoio às comunidades locais; responsabilidade social interna; educação e cultura; apoio ao empreendedorismo; respeito pelo meio ambiente; e recuperação e preservação do património.

Actualmente, este programa está inserido na estratégia ESG do grupo hoteleiro e em linha com a Agenda 2030 e os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. «Mais do que um percurso, implementar práticas de desenvolvimento sustentável no nosso dia-a-dia é uma atitude. Algo que assumimos como parte da nossa actividade e, sobretudo, como o caminho para quem considera, como nós, ser apenas “Hóspede do Planeta”», sublinha Luís Castanheira Lopes.

RESPEITO PELO MEIO AMBIENTE

No eixo da sustentabilidade ambiental, o Pestana Hotel Group actua em diversas vertentes para minimizar a sua pegada. Na área da energia e clima, o grupo tem promovido a diminuição dos consumos de energia, assim como a sua produção a partir de fontes alternativas (fotovoltaico, biomassa e bombas de calor), aliando à responsabilidade ambiental os benefícios económicos. O objectivo declarado do grupo hoteleiro passa por atingir a neutralidade carbónica em 2030, tendo já definido um roteiro para a redução das emissões.

A implementação, desde há alguns anos, do SIMAC – Sistema de Monitorização e Alerta de Consumos é um bom exemplo da actuação do grupo nesta área, permitindo medir os consumos de forma automática e em tempo real, bem como transmitir alertas sempre que são detectados consumos anómalos. Através deste sistema, que está implementado em cerca de 30 unidades hoteleiras, é possível reagir de imediato perante sinais de consumo excessivo – que, no caso da água, por exemplo, muitas das vezes corresponde a perdas ou rupturas que, de outro modo, seriam dificilmente perceptíveis.

«A água é um dos recursos mais importantes para o planeta e é um recurso fundamental para o funcionamento das nossas unidades. É necessária para os quartos dos hóspedes, nas cozinhas, nas limpezas em geral, na rega de espaços verdes e nas piscinas. Evidentemente, sendo um recurso tão necessário e cada vez mais escasso, é crucial uma boa gestão do mesmo», refere Luís Castanheira Lopes.

A gestão de resíduos é outras das preocupações do Pestana Hotel Group. Neste âmbito, o grupo juntou-se à associação Smart Waste Portugal e tem vindo a promover a redução dos desperdícios e a incentivar à reciclagem e reutilização de resíduos e materiais, procurando que estas medidas potenciem simultaneamente a redução dos custos da operação hoteleira. Desde 2019, o grupo tem ainda em vigor um conjunto de medidas concretas com vista à redução do uso de plásticos.

Também a vertente da preservação da biodiversidade tem merecido a atenção do Pestana Hotel Group e está umbilicalmente ligada à sua actividade. Em Portugal, a Pousada de Sagres está integrada numa área protegida, o Pestana Tróia Eco Resort está inserido numa zona de Reserva Ecológica (onde a construção ocupa apenas 5% de todo o terreno) e a Pousada da Caniçada-Gerês fica próxima do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Já os hotéis em Moçambique e na África do Sul ocupam, respectivamente, 6500 e 50 mil metros quadrados de área protegida. «Todos estes estabelecimentos estão, por isso, sujeitos a regras de preservação da biodiversidade, que são supervisionadas pelas entidades gestoras dos parques naturais e, nesse contexto, cooperam com estas entidades», garante o administrador.

Ainda nesta área, o Pestana Hotel Group realizou um intenso trabalho de reflorestação da propriedade agrícola Herdade da Pereira que, há alguns anos, foi devastada por um incêndio e tem vindo a ser recomposta: recentemente, foram ali plantadas 50 mil árvores autóctones adaptadas à morfologia do terreno e ao clima. Já na comemoração dos 50 anos do grupo, foram plantadas 50 árvores/arbustos em 50 unidades hoteleiras.

RECUPERAÇÃO E PRESERVAÇÃO DO PATRIMÓNIO

O Pestana Hotel Group tem feito uma aposta continuada na recuperação de património e na sua utilização para finalidades turístico-hoteleiras. Neste âmbito, os edifícios patrimoniais geridos pelo grupo são objecto de uma intervenção de recuperação com respeito pelas suas características, por forma a que a sua essência possa permitir a criação de experiências de natureza hoteleira. É o caso das unidades Pestana Douro Riverside (que resultou da reconversão de uma antiga fábrica de sabonetes e velas do Porto), Pousada do Porto – Rua das Flores (um palacete no centro histórico da Invicta), Pousada de Vila Real de Santo António (no centro histórico pombalino), Pestana Fisherman (no antigo prédio municipal da Torre Bela, no centro histórico de Câmara de Lobos), Pestana Vintage Lisboa e Pestana CR7 Gran Via (Madrid).

«Trata-se de uma forma adequada de evitar a degradação e de reconstruir ou manter edifícios situados nos centros históricos das localidades respectivas, com respeito pela sua traça e demais características arquitectónicas, e de lhe dar uma nova vocação, que permita assegurar a sua actividade futura», sublinha Luís Castanheira Lopes.

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Turismo”, publicado na edição de Maio (n.º 322) da Marketeer.

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