Pandora vai vender diamantes… feitos em laboratório
A Pandora vai deixar de vender diamantes produzidos em minas. A marca de joalharia vai trocar o método tradicional por uma alternativa menos convencional: produção em laboratório de diamantes sintéticos.
Segundo adianta a BBC, a Pandora está preocupada com o impacto ambiental da exploração mineira e com as condições de trabalho que estão associadas a esta actividade. «É a coisa certa a fazer», afirma Alexander Lacik, CEO da Pandora, adiantando que esta é apenas uma das peças de uma nova estratégia mais focada na sustentabilidade.
Além disso, há também um factor financeiro: «Podemos essencialmente criar o mesmo resultado que a natureza criou, mas a um preço muito, muito diferente», explica o responsável em declarações à mesma publicação. Esse preço diferente será mais baixo face aos diamantes naturais, já que a opção sintética pode ser feita por um terço do valor.
A produção de diamantes em laboratório já não é novidade e, no ano passado, cresceu para entre seis e sete milhões de quilates. Por outro lado, a produção de diamantes em minas recuou para 111 milhões e quilates, depois de um pico de 152 milhões em 2017, de acordo com dados do Antwerp World Diamond Center (AWDC) e da consultora Bain & Company.
No caso da Pandora, os diamantes sintéticos estão a ser produzidos no Reino Unido e será também este o país a receber pela primeira vez as peças da marca com este tipo de solução. O preço das joias com diamantes de laboratório irá começar nas 250 libras (cerca de 289 euros), o que poderá ajudar a democratizar o acesso.
Segundo o CEO da Pandora, a indústria dos diamantes tem estado muito associada à oferta de presentes, nomeadamente em torno de noivados e casamentos. Com preços mais acessíveis, poderá transformar-se também em joias para usar no dia-a-dia.