O 408 quer rugir a sério

O primeiro Peugeot 408 tinha chegado a Portugal em finais de 2022. Agora, a marca reforça a gama com o Plug-in Hybrid 180 cv, diz que quer marcar a diferença e conquistar o segmento, piscando o olho a quem procura uma alternativa a carrinhas e SUV. Argumentos não lhe faltam, ou não tivesse vontade declarada de reforçar mais ainda a sua posição de liderança no segmento C, no mercado português.

O 408 apresenta-se desde logo como um fastback de cinco portas (um dois volumes e meio); o formato é novo e o preço começa num patamar inferior – arranca nos 45.150 euros -, além de que o design atrai – se bem que pode não ser para todos – e o espaço interior mais que conquista assim como o nível de conforto.

É uma boa cartada da marca, sim!

Começando pelo princípio, quando fui buscar o Peugeot 408 Plug-in Hybrid 180 cv para um ensaio ao longo de quatro dias, comecei por estranhar ligeiramente a cor – se bem que num mercado onde o preto e branco abundam, um Azul Obsession passou rapidamente a ser mais que bem vindo. Mas “adoptei” o design exterior, uma silhueta alongada com linhas incisivas e onde se destaca a grelha que é da mesma cor da carroçaria e o novo emblema Peugeot (com a cabeça de um leão).

Disponível em três motorizações, o Peugeot 408 vem de facto mostrar que o conceito Allure da marca não está aqui para brincar, pelo que no seu caso manteve o prazer da condução e acrescentou tecnologias de vanguarda que reforçam o nível de conforto e segurança.

Aliás, no interior, o que sobressai assim que entramos e nos sentamos é o espaço, seja para o condutor como para os passageiros do banco de trás. E espaço esse que se mantém ainda ao nível da bagageira – diz que tem um volume de 536 litros, que pode ser aumentado para 1.611 litros depois de rebatidos os bancos traseiros, e que no nosso caso se traduziu num conjunto de malas e sacos para todo um fim-de-semana fora de Lisboa. Tudo coube e não foi preciso jogar tetris!

Belo jogo é o que se consegue na condução, com o 408 a ter um nível de resposta de aplaudir – para quem gosta de velocidade, como é o meu caso, vai dos 0 aos 100km/h em 7,8 segundos -, além de que se agarra à estrada e como que se deixa ir sozinho.

O volante compacto é ergonômico e aumenta o prazer de condução numa oferta generosa de agilidade.

Ainda no habitáculo, a marca diz ter colocado a tónica na qualidade e na conectividade, bem como na segurança. Então, a saber desde logo é que são seis as câmaras e nove os radares, que se combinam com sistemas como cruise control, night vision, que alerta para a presença de animais, vigilância do ângulo morto de longo alcance (75 metros), ou alerta de tráfego traseiro, que avisa sobre um potencial perigo ao fazer marcha-atrás.

Quanto ao novo sistema de infotainment permite que cada condutor possa definir e manter a sua própria visualização, atmosfera e preferências de configuração, sendo que a função de mirror screen que liga o smartphone ao sistema passou a ser feita via wireless e é possível ligar dois telefones via Bluetooth ao mesmo tempo. Quatro tomadas USB-C completam as opções de conectividade do Peugeot 408. Também fácil é percorrer os diferentes menus do ecrã central.

Em termos de consumo, o que se percebe é que em cidade o sistema eléctrico assume os comandos e raras são as vezes em que é preciso ir ao motor de combustão. Também todas as manobras de estacionamento, são sempre efectuadas em modo eléctrico, o que ajuda a ter médias de consumo bem simpáticas. Nós, por cá, achamos que sim e dizemos que foi uma surpresa boa este 408 que a Peugeot acaba de trazer ao mercado!

Texto de M.ª João Vieira Pinto

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