Nova campanha lembra que “matar saudades pode estar a matar pessoas”
Quase um ano volvido desde a confirmação do primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus em Portugal, é natural que haja saudades. Saudades de sair à rua sem medo mas também de abraçar, de estar com a família e com amigos. Porém, matar essas saudades pode significar também matar pessoas.
O alerta é deixado por Pedro Fonseca Almeida e Duarte Cunha, respectivamente profissional de marketing e comunicação e copywriter na Bang Bang Agency. Os dois criativos decidiram criar um vídeo de sensibilização para a COVID-19 e lembrar o que está em causa quando cedemos a impulsos ou caprichos sem pensar nas consequências.
Em apenas 15 segundos, o vídeo pega na palavra “saudade” e mostra o significado que a mesma tem vindo a adquirir ao longo dos últimos meses.
«Após uma, duas vagas de constrangimentos, despertou em muita gente a vontade de voltar a um tempo antigo. Um tempo em que não tínhamos de usar máscara, em que podíamos beber copos com amigos, abraçar os nossos pais, ou rapar os tachos de comida das nossas avós. Um tempo em que não nos eram exigidos distanciamentos e ao qual todos nós desejamos voltar, porque estamos exaustos e ansiamos por aproximar-nos uns dos outros. Infelizmente, isso não é possível, porque a realidade de hoje é profundamente atroz», explicam Pedro Fonseca Almeida e Duarte Cunha.
Ficar em casa é a melhor solução encontrada para tentar minimizar este cenário e garantir que as saudades poderão ser satisfeitas mais à frente. Garantir que haverá pessoas de quem matar saudades. «Sentir saudades é algo natural, principalmente quando estamos (ou deveríamos estar) distantes um dos outros; já matar saudades é condenável porque – nos tempos que correm – pode implicar a morte de pessoas.»
Para passar a mensagem, a dupla escolheu desenvolver um vídeo sem grandes floreados e com um apelo directo. «É simples e incisiva», contam.