Network da Nova Expressão estuda criação de holding

IMG_1322_2A Columbus Media Internacional, network de agências independentes da qual faz parte a Nova Expressão, está a estudar a criação de uma holding que possa aumentar a competitividade das suas agências de meios associadas no âmbito dos concursos internacionais.

A holding seria financiada pelas agências membros, mas o processo ainda está numa fase embrionária, tendo o primeiro passo sido dado durante a cimeira de Outono da Columbus Media Internacional, subordinada ao tema “A New World”, que termina hoje em Lisboa. «Vai ter de se arranjar, nos próximos seis meses, uma solução para que cada agência de meios possa capitalizar uma holding que terá que ter uma oferta diferenciadora e de qualidade, com pessoas acima da média e que até podem vir de fora das nossas agências de meios», revelou à Marketeer Pedro Baltazar, administrador único da Nova Expressão, à margem da cimeira. «O objectivo final passa por criar uma equipa própria e independente que esteja acima das agências de meios, e que esteja disposta a estar em todos os pitch internacionais, fazendo depois a coordenação regional com as agências de meios», afirmou.

Esta é também a resposta da Columbus Media Internacional à tendência de consolidação do sector, sobretudo após a anunciada fusão entre a Publicis e a Omnicom, que deverá estar concluída no primeiro trimestre de 2014. A operação vai «criar oportunidades, porque há um conjunto de clientes que vai ter de procurar novas agências, além da quantidade de talento das duas organizações que vai para o mercado», referiu Pedro Baltazar. «As agências de meios independentes vivem delas próprias, dos clientes que ganham, por isso precisam de ser ágeis e de entregar muito mais do que os seus concorrentes. Por isso queremos dar início a este processo, que vai fazer com que as agências de meios da Columbus Media Internacional funcionem de forma mais integrada», acrescentou.

O responsável adiantou ainda que a Nova Expressão deverá fechar o exerício de 2013 com uma facturação «sempre acima de 10%» em relação ao ano passado, ultrapassando os 17 milhões de euros.

Com este investimento, a Columbus Media Internacional pretende tornar-se uma alternativa às grandes agências de meios que dominam o mercado. «Há grandes fusões, como entre a Publicis e a Omnicom, que criam espaço para networks independentes, como a Columbus, que estão muito motivadas para este novo cenário. A crise também gera oportunidades», afirmou Florian Grill vice-presidente da Columbus Media Internacional. «Os clientes não querem ter de escolher apenas entre quatro ou cinco grupos. Querem alternativas. Querem trabalhar com agências que conheçam bem o seu país e que sejam capazes de responder às suas necessidades. Não procuram grandes estruturas, mas sim pessoas. E nós somos as pessoas», reiterou.

Ao longo de dois dias, a cimeira de Outono da Columbus Media Internacional reuniu em Lisboa 44 delegados de mais de duas dezenas de países, que debateram as alterações do mercado, as novas oportunidades e a forma de avançar no processo de desenvolvimento do grupo.

Recorde-se que a Columbus Media International é presidida pelo norte-americano Bill Koenigsberg, fundador e presidente da norte-americana Horizon Media (EUA). O grupo agrega 40 agências independentes que asseguram a cobertura de mais de 60 países, com billings globais de mais de 7 mil milhões de dólares.

Texto de Daniel Almeida

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