Não é qualquer café que serve: portugueses estão mais selectivos

No último ano, 6,6 milhões de portugueses beberam, em média, um café por dia em casa, sendo que existe um interesse cada vez maior pelo café de especialidade.

Os dados, oriundos de um estudo de TGI da Marktest, revelam que cerca de quatro milhões de portugueses bebem mais do que um café em casa por dia e 1,5 milhões bebem mais que dois.

Estes dados foram discutidos na primeira Coffee Talk da Sage Appliances, uma mesa redonda com especialistas do café para debaterem as tendências do sector. Rui Neves, Business Development Manager no Sul da Europa da Sage Appliances, Breno Hernandes, head of Roaster da The Royal Rawness, e Nicholas Yamada, country manager da Perfect Daily Grind, participaram neste encontro virtual, moderado pelo actor e apresentador João Montez.

Os especialistas mostram-se entusiasmados com a nova percepção que o consumidor português tem do café de especialidade. Trata-se de um café “em que em cada fase do processo foi tida em conta a máxima qualidade, tendo como resultado a excelência em aroma, sabor, corpo e personalidade”, explicam os mesmos.

«O mercado do café está a passar por uma transformação e evolução onde o consumidor procura mais conhecimento sobre a bebida, procura qualidade e permite-se experimentar novos métodos de extracção, novas formas de beber café. Um ponto essencial para essa evolução é a troca de conhecimento, que é o que move esta terceira geração», afirma Breno Hernandes.

Do debate foi referido que Portugal está a entrar na terceira geração do café. A primeira remonta aos anos 60, quando o seu consumo começou a ser acessível a toda a população, através co café solúvel. A segunda geração inicia-se quando as empresas começaram a ver as cafeterias como um negócio rentável que permitiam desfrutar do café fora de casa ou do escritório. Com a terceira geração, surge a necessidade de abordar a importância da elaboração e qualidade do café, em que a rastreabilidade e sustentabilidade do grão de café permitem obter um produto de alta qualidade.

Sobre o futuro do café de especialidade, Rui Neves destaca a «experiência, personalização e novas formas de consumo» como tendências. Breno Hernandes afirma que «o sector do café está a ir em direcção às experiências sensoriais e, com a educação dos profissionais e do consumidor final, o nível padrão de qualidade do café no País será elevado.» Por último, Nicholas Yamada destaca que «o consumidor geral procura um estilo de vida mais focado na saúde e bem-estar e que isto é muito benéfico para o mercado do café de especialidade.»

Por último, Rui Neves, explica o motivo da chegada da Sage Appliances ao País. «Portugal é sem dúvida um país cafeteiro onde o consumo se encontra enraizado nos nossos hábitos e rotinas. Por isso, a Sage quer levar o melhor sabor e a melhor qualidade do café de especialidade a todos os lares no País», sublinha.

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