Motorola perto de proibir as vendas da Xbox 360 e Windows 7 na Alemanha

microsoft-headquarters11Um tribunal alemão declarou hoje a infracção, por parte da Microsoft, de patentes da Motorola Mobility. A sentença implica que a empresa liderada por Steve Balmer retire a sua consola Xbox 360 e o seu sistema Windows 7 do mercado alemão, mas a Microsoft defende que a decisão não tem, para já, validade.

Conforme noticia hoje o Cinco Dias, a Microsoft terá violado as duas patentes necessárias para a reprodução e codificação do vídeo H.264, formato em que se grava 80% do vídeo digital actual. A decisão do tribunal de Manheim abrange ainda a venda dos produtos Internet Explorer e Windows Media Player no mercado germânico.

No entanto, num comunicado citado pela agência Bloomberg, a Microsoft alega ter em seu poder uma ordem de restrição, emitida nos Estados Unidos a 11 de Abril, que proíbe a Motorola Mobility (que no ano passado foi aquirida pela Google) de tomar quaisquer medidas com base nas decisões dos tribunais alemães. A Motorola “está proibida de agir com base na decisão de hoje, e o nosso negócio na Alemanha vai continuar a decorrer normalmente, enquanto apresentamos recurso desta decisão”, afirma a Microsoft.

De acordo com o Cinco Dias, a ordem de restrição foi declarada no seguimento de uma queixa da Microsoft, que acusou a Motorola de ter desrespeitado a sua promessa de vender as suas patentes em condições justas para benefício dos consumidores, e só poderá ser levantada depois de conhecida a sentença de uma disputa semelhante no tribunal de Seattle.

Quanto à Motorola, mostra-se aberta a negociar os termos do negócio. “No futuro, permaneceremos disponíveis para resolver esta questão”, disse a empresa sediada em Libertyville, Illinois, citada pela Bloomberg. “Uma compensação justa pela nossa propriedade intelectual é tudo o que temos procurado”, acrescenta.

No mês passado, a Microsoft anunciou que vai mudar o seu centro logístico na Europa da Alemanha para a Holanda, devido a esta disputa judicial. A unidade alemã era, até agora, o centro de distribuição de software e outros produtos da Microsoft na Europa, pelo que uma decisão adversa por parte dos tribunais alemães poderia ter repercursões mais graves para a marca.

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