Montepio procura empreendedores sociais

A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) desvendou o Social Tech, uma iniciativa de empreendedorismo e inovação social que procura projectos que possam gerar valor para a sociedade.

A iniciativa pretende unir a componente tecnológica com a social, podendo gerar ferramentas para que as instituições possam utilizar nas suas missões. «Há uma enorme esfera organizada em prol da economia social mas ainda há muito a fazer. O nosso objectivo é construir uma ponte tecnológica que permita a criação de impacto social. Pretendemos ajudar os que já ajudam, potenciando o seu trabalho através da tecnologia», afirmou João Lopes Raimundo, administrador da Caixa Económica Montepio Geral, na apresentação que decorreu esta manhã.

Este programa de incubação, formação e aceleração arranca no dia 19 de Setembro e elegerá 12 projectos que terão acompanhamento ao longo de 12 semanas, culminando numa sessão de pitch a investidores. A CEMG atribuirá ao projecto vencedor um prémio de 10 mil euros.

Fernando Amaro, director Comercial de Economia Social, referiu ainda que os quatro critérios de avaliação dos projectos serão o modelo de impacto, o perfil académico e profissional da equipa, o potencial de geração de receitas e o compromisso e dedicação da equipa. Acerca deste último parâmetro, Fernando Amaro afirma ser «o principal elemento que ditará o sucesso do projecto».

As candidaturas terão de ser propostas por grupos de dois a quatro elementos, sem limite de idade. Os grupos eleitos passarão por fase de formação, leccionada pelo Laboratório de Investimento Social, e uma fase de aceleração que terá a duração de 10 semanas. «Neste período os grupos terão mentores que se dedicarão a cada um dos projectos, ajudando-os a entrar no mercado e a implementar as suas ideias», acrescenta Fernando Amaro.

O processo de formação e aceleração decorrerá num espaço no Museu da Carris, onde decorre outro projecto de empreendedorismo de impacto – o Impact Hub – que conta com o apoio da CEMG.

O Montepio Social Tech conta com o apoio do Laboratório de Investimento Social, Impact Hub, IES Social Business School, Fundação Calouste Gulbenkian, Santa Casa, Católica Lisbon, Universidade do Porto e Microsoft.

Texto de Rafael Paiva Reis

Artigos relacionados