Mercado publicitário português deverá crescer cerca de 4% este ano
O mercado publicitário português deverá crescer cerca de 4% em 2023, revela um estudo elaborado pela Magna, unidade de intelligence do Grupo IPG Mediabrands. O decréscimo relativamente a 2022 (8%) é causada pela desaceleração da economia portuguesa este ano, com um crescimento previsto do PIB de 2.7%, abaixo dos 6,7% em 2022, além de uma inflação elevada prevista de 5,2% em 2023.
Esta situação impacta, sobretudo, a publicidade destes sectores no meio TV, prevendo-se um abrandamento no investimento ao longo do ano. Por outro lado, vários sectores estão a manter ou a aumentar a actividade de marketing e os investimentos publicitários, com destaque para o Retalho, Telecomunicações, Automóveis e Viagens. Também as Apostas têm vindo a crescer, com algumas apps já como grandes investidores no mercado português, prevendo-se que continuem a crescer em 2023, acompanhando a tendência europeia.
Já os meios lineares deverão manter-se estáveis este ano, com um crescimento de 1,5%. O estudo destaca ainda os investimentos em televisão que representam cerca de 45% do total do mercado publicitário, seguidos de Digital (34%), OOH (14%) e rádio (5%). As previsões para 2023 apontam para uma diminuição de 2% nos investimentos em TV, enquanto a Rádio deverá manter as suas receitas e o OOH deverá continuar a crescer (23%) e a ganhar quota de mercado.
Relativamente às projecções para os próximos anos, a IPG Mediabrands prevê que o mercado publicitário português cresça a uma taxa mais alta, acompanhando a evolução da economia. As previsões apontam para um crescimento de cerca de 6% no total das receitas publicitárias anuais de 2024 a 2027, com destaque para os media digitais com uma taxa de crescimento mais rápida.
«Em 2023, a TV continua a ser o meio com maior investimento, mas apresentando uma tendência negativa, como se verifica na maioria dos mercados nos últimos anos. Todos os meios lineares apresentam uma evolução semelhante. Este ano, o Digital e OOH são os motores de crescimento do mercado português, com taxas de crescimento muito positivas e aumento das suas quotas», diz, em comunicado, Natália Júlio, responsável da Magna, Grupo IPG Mediabrands.