Mercado publicitário em Portugal deverá crescer cerca de 8% ainda este ano

O mercado publicitário em Portugal deverá crescer cerca de 8% ainda este ano, de acordo com dados de um estudo elaborado pela Magna, unidade de intelligence do Grupo IPG Mediabrands. Os meios lineares deverão crescer cerca de 7% e os investimentos em televisão aproximadamente 5%.

À medida que a mobilidade do consumidor recupera totalmente (10% acima dos níveis pré-pandemia em Maio de 2022), a rádio (+12%) e out-of-home (+15%) continuarão a ser os meios com um crescimento mais acentuado, prevendo-se a sua recuperação total até ao final de 2023. Por outro lado, a imprensa continua a diminuir (-5%) e a perder quota de mercado para o digital.

Neste parâmetro, a IPG Mediabrands prevê que o investimento no digital acelere cerca de 15% em 2022, impulsionado pelo aumento de vídeo e search, que continuarão a liderar o crescimento, devendo aumentar cerca de 17% e 14%, respectivamente, seguidos do social media (+6%). Nos próximos anos, prevê-se que os investimentos em publicidade digital tenham um crescimento superior a 9%, acima da média do mercado.

«Em 2022, prevê-se um aumento do investimento nos sectores do retalho e das telecomunicações devido ao 5G. Por outro lado, a incerteza da economia, a tendência de crescimento da inflação e os problemas na cadeia de abastecimento a nível global poderão contribuir para um crescimento publicitário a um ritmo mais lento em alguns sectores, como o de bens de consumo (FMCG), financeiro e automóvel», diz, em comunicado, Natália Júlio, responsável da Magna, Grupo IPG Mediabrands.

Crescimento publicitário global

Os dados demonstram que, apesar da incerteza económica, o mercado publicitário continuará a crescer a nível global. O crescimento dos investimentos publicitários de cerca de 9,2% em 2022 deverá resultar ems 828 mil milhões de dólares, o que representará um aumento de 32% relativamente aos níveis pré-Covid de 2019.

Este aumento será impulsionado por um primeiro trimestre mais forte do que o esperado na maioria dos mercados, com destaque para os EUA (+14% devido às eleições primárias que contribuíram com cerca de 7 mil milhões de dólares para emissoras de TV locais e digital) e dois eventos desportivos globais: os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim e o Mundial de Futebol.

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