Mercado Global de Bens Tecnológicos e Electrónica de Consumo em queda

O mercado global de Bens Tecnológicos de Consumo diminuiu 6,3% no primeiro semestre de 2023 quando comparado com igual período do ano passado. A conclusão é do mais recente estudo global GfK Consumer Life que deixa claro que tanto o mercado global de Bens Tecnológicos de Consumo, como o de Electrónica de Consumo estão sob pressão e atravessam uma fase de declínio.

O mercado global de Electrónica de Consumo verificou uma redução de 12% nas receitas e de 8% no total de unidades vendidas, nos primeiros seis meses do ano. A GfK Portugal sublinha que, a nível mundial, a procura por Bens Tecnológicos registou uma desaceleração à medida que os mercados se foram ajustando ao ambiente macro, marcado por crises no custo de vida, por inventários excessivos dos fabricantes e pelos picos de vendas em anos anteriores que geraram elevada procura.

Comparativamente com o primeiro semestre de 2022, todos os subsegmentos dos Bens Tecnológicos de Consumo registaram decréscimos em 2023. Apenas as Tecnologias de Informação (TI) e os Pequenos Electrodomésticos permaneceram acima dos valores pré-pandémicos, com fritadeiras, batedeiras ou outros pequenos electrodomésticos a registar um crescimento apenas 1% abaixo do ano anterior; os Grandes Electrodomésticos, como ares condicionados ou fornos, bem como a área das Telecomunicações, de que são exemplo os smartphones, a situar-se apenas 5% abaixo do valor de 2022; e as Tecnologias de Informação, como portáteis e equipamentos de hardware, assim como os bens de Electrónica de Consumo (televisores ou colunas de som, por exemplo) a situarem-se 12 pontos percentuais abaixo dos valores de 2022.

“O aumento dos preços médios em todas as áreas da vida consome o rendimento disponível dos consumidores, sendo esta uma das principais razões para o declínio da procura nos Bens Tecnológicos de Consumo. Neste sector, os preços médios dispararam desde o período pré-pandémico, tendo, em Junho de 2023, atingido mais de 29% do valor do que em Janeiro de 2020”, salienta a GfK Portugal em comunicado. No entanto, e em comparação com o ano passado, o crescimento dos preços abrandou, para menos de 1% em Maio de 2023, relativamente a Maio de 2022.

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