Marketing Digital: super tendências para 2019

Por Sandra Turch, directora e fundadora da Digitalents

Oportunidades de negócio surgem a partir de um olhar atento e voltado às necessidades humanas. Compreender demandas, hábitos, expectativas e sentimentos é fundamental a empreendedores de qualquer sector. Aproveita possibilidades quem investe em uma cultura de inovação orientada às pessoas. No entanto, ao passo em que novas tecnologias e funcionalidades surgem, o consumidor torna-se mais exigente. E os rápidos avanços “obrigam” as estratégias a mudarem de modo igualmente frenético. Por isso, estar atento às tendências é fundamental para sair na frente, se destacar e conquistar território. Neste sentido, um sólido planeamento de Marketing Digital, desde a etapa de diagnóstico até a implantação, é imprescindível para quem deseja se manter actualizado e competitivo no mercado. Confira as principais tendências projectadas para 2019:

Humanização das marcas. No geral, a maioria das marcas ainda nutre relações meramente comerciais com os seus consumidores. Fugindo à regra, uma pequena parcela vem agregando empatia, olhando além do lucro imediato. Cada vez mais, os consumidores interagem em ambientes online, como redes sociais, opinando sobre produtos, serviços e compartilhando as suas experiências em relação a atendimento. Humanizar uma marca é aproximá-la do indivíduo, que possui sentimentos, desejos e expectativas. Em 2019, veremos mais empresas apostando nesse movimento, que enxerga a necessidade não apenas de vender, mas, sobretudo, inspirar. As marcas que investirem em humanização terão o diálogo com o público melhorado em cada ponto de contacto, não apenas no acto da compra, mas nas etapas antes e pós-venda;

Profound Marketing. Com o advento de soluções tecnológicas aplicáveis à área de comunicação, torna-se cada vez mais importante que as diversas áreas de uma empresa actuem de maneira integrada, visando um objectivo comum. Isto é Profound Marketing. Em linhas gerais, esta tendência reunirá o que há de melhor em marketing, vendas, negócios e tecnologia, identificando oportunidades e gaps na operação, e desenvolvendo estratégias que ajudem a alcançar objectivos específicos. A proposta de valor é fazer uma imersão full no cliente, a partir das ópticas de vendas e marketing, para entender quais são as principais barreiras que impedem o crescimento e quais estratégias podem ser criadas para superá-las;

Automação. Em marketing, a tecnologia é cada vez mais usada para optimizar processos, aumentar o envolvimento dos consumidores e, claro, ampliar os resultados. Ajuda na criação de estratégias mais eficazes e orientadas a públicos específicos. No entanto, é fundamental não apenas planear acções digitais, mas, sobretudo, proporcionar experiências diferenciadas ao cliente, investindo no bom relacionamento e criando condições para que ele se torne fiel à marca. A automação é e sempre será uma grande aliada. Ela dá escala a processos que, com a sua ausência, seriam custosamente desenvolvidos;

Influenciadores digitais. Parcerias com influenciadores digitais cresceram no ano passado. Empresas e marcas dos mais variados sectores adoptaram essa estratégia, principalmente as que actuam em mercados “nichados”. Segundo a MediaKix, o mercado de influenciadores no Instagram movimentou mais de U$ 1 bilhão em 2018, com estimativa de crescimento significativo neste ano. Veremos em 2019 os influenciadores, principalmente os micro, figurando com mais peso na estratégia de comunicação das marcas, o que levará o ecossistema a se diversificar e também se profissionalizar ainda mais;

Inteligência competitiva. Analisar dados é outro elemento crucial no desenho de estratégias e acções voltadas ao crescimento. Partindo desse pressuposto, a inteligência competitiva contribuirá cada vez mais no desenvolvimento de acções inovadoras, com análises de informações dos concorrentes e das demandas dos consumidores, possibilitando às empresas que investirem inovar em seus serviços ou produtos, causando impactos mais positivos em seus públicos finais;

Consultoria. O uso de Machine Learning e automação de lances em canais pagos, como o Google Ads, tem diminuído a necessidade frequente de actuações manuais. Esse cenário fará com que as marcas possam focar em análises macro e na construção de estratégias de negócio e desenvolvimento de comunicações eficazes. O papel das agências, por exemplo, deverá ser mais consultivo, indo além da geração de leads via canais pagos. Hoje, o maior problema das marcas reside no pós aquisição do lead. Será nesse momento que a agência entrará com um papel consultor, entendendo qual caminho adoptar, estabelecendo fluxos de comunicação e de qualificação. Isso fará com que a agência se torne de facto um parceiro de negócios da marca e parte importante do resultado conquistado;

Lives e conteúdos em vídeo. O uso de conteúdos em vídeo, no marketing digital, não é mais “tendência”, mas uma realidade. No entanto, uma evolução do recurso que poderemos, sim, chamar de tendência em 2019 serão as lives em redes sociais ou em plataformas proprietárias. Serão ferramentas essenciais no trabalho de branding e de fidelização dos consumidores. Vale, contudo, um alerta: com a diversidade de plataformas e novas formas de receber informações, os vídeos precisarão ser extremamente atraentes e informativos, se desejarem ser impulsionados pelos consumidores. Um conteúdo de marca bem produzido ganha distribuição gratuita pelo público.

 Foto de divulgação