MAAT reabre portas… no mundo digital
O MAAT – Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia tinha previsto volta a abrir portas no passado dia 27 de Março mas a pandemia de COVID-19 obrigou a uma mudança de planos. A opção foi para uma plataforma digital através da qual fosse possível manter a programação originalmente pensada para a reabertura.
Nasce, assim, o novo site do museu da Fundação EDP, com uma linguagem visual renovada e a programação MAAT Mode 2020 – um programa participativo com a duração de cinco meses e desenvolvido em parceria com profissionais, instituições culturais e de educação, grupos de apoio e comunidades locais e internacionais. Também estão envolvidos neste programa curadores e criadores cujos projectos vão começar no próximo ano.
«As instituições culturais devem ser plataformas catalisadoras que activam o discurso dando poder ao público para que assumam as suas escolhas através da articulação do debate, a partilha de posições e a formulação de conhecimento. É isto o museu como Um Fórum Aberto – Um Palco – Uma Escola», explica Beatrice Leanza, directora executiva do museu.
O programa Mode 2020 envolve eventos públicos e educacionais interligados, com foco em áreas como a acção climática. Inclui ainda oficinas, filmes, palestras e ‘escolas’ com temas como política da sustentabilidade como mote, sendo que todos os conteúdos poderão ser acompanhados a partir de Maio. Para já, está disponível somente euma visita virtual pela Central Tejo.
O novo website, as redes sociais (Instagram e Facebook) e o futuro campus do museu são um projecto com assinatura do ateliê de design Barbara says…
A par de todas as iniciativas digitais, o MAAT preparou também uma instalação arquitectónica (na imagem em cima). Intitulada Beeline e da autoria do ateliê nova-iorquino SO – IL, ocupa a totalidade do edifício do museu. O objectivo, de acordo com os arquitectos, é estimular uma nova consciencialização da percepção do espaço, assim como do tempo.
Trata-se de um percurso adicional que disseca o MAAT, quer no plano quer na secção, explicam ainda os responsáveis pelo projecto. “Este atalho liga a entrada do lado do rio directamente a um novo ponto de acesso virado para a cidade. Este gesto não só transforma o modo como os visitantes entram e sentem o museu, mas liga também a entrada formal a uma nova entrada ‘clandestina’ através do cais de cargas”, contam.