Lucros da Renault recuaram 15% no ano passado

A Renault, a segunda maior fabricante automóvel francesa, obteve um resultado líquido de 1,77 mil milhões de euros no ano passado, o que representa uma quebra de 15% em relação ao ano anterior, apesar de um ganho extraordinário de 924 milhões de euros resultante da venda da participação que a empresa detinha na Volvo.

Esta venda permitiu à Renault gerar, pelo quarto ano consecutivo, um “cash flow” positivo e evitar qualquer endividamento, o que fez as acções da empresa alcançar um máximo de dois anos na bolsa parisiense.

No ano passado, o lucro operacional da Renault caiu para 729 milhões de euros, o que compara com o lucro de 1,09 mil milhões de euros no ano anterior, informou hoje a empresa em nota de imprensa. Os mercados fora da Europa foram responsáveis por cerca de metade do volume de negócios da fabricante, que totalizou 41 mil milhões de euros (-3,4%).

As vendas da empresa caíram 18% no mercado europeu, o que se reflectiu na perda de quota de mercado para as principais rivais. Em contrapartida, fora do mercado europeu, as vendas subiram em média 9,1%. «Num mercado automóvel global contrastante, a Renault beneficiou de um crescimento nos mercados fora da Europa, que foram responsáveis por cerca de metade das vendas», destaca Carlos Ghosn, CEO da Renault. Em 2012, a fabricante automóvel vendeu um total de 2,55 milhões de carros.

Apesar dos resultados, a empresa anunciou espera aumentar este ano a sua quota no mercado europeu, graças ao lançamento de novos modelos, como o crossover urbano Captur, o compacto eléctrico ZOE, e a nova versão do Logan, fabricado pela sua unidade “low cost”, a Dacia.

Para além disso, a Renault vai apostar numa “política de preços sustentável” em 2013, na sequência daquilo que foi uma guerra de preços “insustentável” no mercado europeu no ano passado, afirmou Dominique Thormann, CFO da empresa.

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