Kodak está mais perto da salvação
O Tribunal de Falências norte-americano aprovou a estrutura de um plano de reestruturação da Eastman Kodak, que permitirá à empresa, pioneira no negócio das máquinas fotográficas portáteis, regressar ao mercado como uma empresa de menor dimensão e centrada na venda de equipamento de impressão e serviços a empresas.
Desta forma, a antiga fabricante de máquinas fotográficas poderá ter dado mais um passo para sair da situação de bancarrota, apresentada em Janeiro de 2012.
Desde então, a Kodak tem estado ao abrigo de um plano de protecção contra os credores – previsto no Capítulo 11 da Lei da Falência dos Estados Unidos. Parte dos problemas financeiros com que a empresa se tem debatido resultam do facto de se ter atrasado na passagem da era análogica para a digital, perdendo terreno para concorrentes como a Canon ou a Hewlett-Packard (HP). O pagamento de pensões elevadas também contribuiu para este desfecho.
Na semana passada, a empresa, fundada em 1980, anunciou que chegou a um acordo de financiamento, no valor de 895 milhões de dólares (cerca de 686,8 milhões de euros), com os bancos JPMorgan Chase, Bank of America e Barclays. O capital será utilizado para pagar a todos os credores que permitiram à empresa manter-se à tona durante todo este tempo.
A Kodak estima sair da situação de bancarrota até ao final de 2013. Porém, antes disso, o seu plano de reestruturação terá que ser apoiado pelos credores da companhia e enviado ao Tribunal de Falências dos EUA (sediado em Manhattan) para aprovação final. A audiência está marcada para o dia 20 de Agosto.