Inês Simões: «Mais do que nunca, exige-se que as marcas sejam relevantes»

O que ficará depois deste “buraco negro” do novo coronavírus? Que marcas iremos ter? E como é que passarão a estar e a comunicar? Não sendo possível qualquer previsão clara e certa, fomos, contudo, tentar perceber de que forma é que algumas das maiores empresas e marcas em Portugal estão a reagir e como esperam sair do momento mais crítico de todos os tempos, a nível mundial. Vamos todos dar a volta?

Inês Simões, directora de Comunicação Corporativa e Marca do Grupo Ageas Portugal

O que está a ser feito, neste momento, para que a sua marca não perca relevância?

Mais do que nunca, exige-se que as marcas sejam relevantes e coloquem em evidência o seu propósito e ADN, a sua responsabilidade perante os diversos stakeholders que fazem parte do ecossistema: clientes, colaboradores, parceiros, fornecedores e sociedade. Por um lado, é necessário manter a dinâmica possível ao nível do negócio, porque a sobrevivência de milhares de famílias disso dependem; por outro lado, zelar pela máxima segurança e protecção das pessoas. Este é o momento de estarmos disponíveis e próximos, é o momento de colocar na primeira linha as emoções, o lado humano dos negócios, de ser solidários, canalizar as nossas energias em repensar acções e iniciativas que contribuam para podermos todos passar por esta situação da forma mais serena e responsável possível. E aqui as marcas e a comunicação têm um papel preponderante e uma responsabilidade acrescida. Especificamente no Grupo Ageas Portugal, que agrega as marcas Ageas Seguros, Ageas Pensões, Médis, Ocidental e Seguro Directo, assumimos várias prioridades:

. A segurança das equipas, incluindo contact centers, a trabalhar de casa;

. Informar, esclarecer e prevenir através de uma comunicação clara, nomeadamente através da Médis, que está na linha da frente, a promover a literacia e a apoiar os seus clientes através da Linha de Enfermeiros disponível 24 horas e do Médico Online, através de uma vídeochamada;

. Estar próximos, mesmo estando distantes fisicamente, através dos diversos serviços e canais digitais online;

. Promover o conhecimento responsável daquilo que os nossos clientes podem esperar de nós ao nível de produtos e serviços,
como a comparticipação do exame de diagnóstico para os clientes Médis com cobertura de ambulatório, mediante prescrição médica, e da adaptação exclusiva do seguro de vida da Ageas Seguros para os profissionais de saúde;

. Acções de cariz social, através da nossa Fundação Ageas, muito focada em envolver os colaboradores em iniciativas solidárias. Temos toda uma equipa organizada, dedicada e mobilizada e é incrível ver o nível de solidariedade e de cooperação entre todos nestes tempos difíceis.

E depois deste “buraco negro”, a sua marca será a mesma?

O mundo certamente não será o mesmo e os impactos serão visíveis em todos os aspectos da nossa vida e um pouco por todo o mundo. Serão, sem dúvida, momentos de grande adaptação, mas porque assumimos um compromisso com os nossos clientes e com a sociedade portuguesa, de sermos uma empresa responsável, todas as medidas que possam vir a ser tomadas no futuro serão sempre no sentido da protecção reforçada: ao nível de serviços, de produtos, da comunicação e, acima de tudo, de reforço da proximidade e disponibilidade para com os nossos clientes e parceiros.

Queremos todos poder voltar a usufruir da beleza que nos rodeia, fora das quatro paredes das nossas casas. A única forma de o fazer, para já, é cumprir a nossa parte: mantermo-nos em segurança, protegidos, e respeitar e valorizar o trabalho de quem está na linha da frente por nós e para nós.

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