Impacto do rebranding e de um design alternativo em sectores conservadores
Por Maria Alenquer, Marketing & Design manager na Inokem Biotech Solutions
Como é do conhecimento geral, as empresas presentes na indústria química têm uma visão conservadora, bastante resistente à mudança, e muitas vivem numa situação de estagnação, em que persistem padrões de conservadorismo que ainda se sustentam em valores já ultrapassados, considerando a mudança um risco para a empresa e até mesmo para o dia-a-dia de trabalho.
Nos dias que correm, uma marca, para se destacar no mercado, tem de criar uma identidade visual forte para manter relações duradouras com os seus clientes. As pessoas que se apaixonam pelas marcas confiam nelas e seguem-nas em todos os meios de comunicação, por isso, esta ligação entre marca e pessoa é fundamental. A percepção que se tem de uma marca afecta o seu sucesso, independentemente de estar num mercado conservador, como a indústria química, tem de existir sempre margem e necessidade de mudança.
Por exemplo, na Inokem, o rebranding foi marcado pela expansão dos seus negócios e pela sua constante inovação e resiliência. Com a intensificação da concorrência no mercado, apostou em desenvolver a área da biotecnologia, tendo como principal desafio fidelizar e aproximar os clientes da marca, recorrendo a processos criativos, contemporâneos e simples, criando uma imagem global para todos os mercados e acompanhando a evolução dos negócios. Desde 2019, a Inokem iniciou um período de transformação intensiva que culminou em 2020 com o rebranding global da marca, tornando a empresa mais focada no ambiente e nas pessoas, centrando-se na génese e propósito da sua criação.
O design gera inovação, inovação reforça a marca, marca constrói fidelidade e fidelidade sustenta lucros
Para romper com um sector conservador, a comunicação não é suficiente e é necessário que a imagem visual acompanhe esse processo. No caso da Inokem, foram variadas as razões que levaram à necessidade de rebranding. É essencial existir uma reinvenção dos sectores conservadores, com foco na reavaliação de seus processos e atitudes.
Termos como globalização, lucros, competitividade e inovação fazem parte integrante das decisões das empresas, que têm os seus objectivos voltados para a garantia da sobrevivência e crescimento sustentável no mercado. Os padrões e a mudança são elementos que caracterizam a flexibilidade de adaptação e a dinâmica de relacionamento com os indivíduos. À medida que a concorrência cresce, as opções no mercado são muitas. Sendo assim, as empresas procuraram criar defesas ao procurarem novas formas de se conectarem emocionalmente com os clientes mesmo nos sectores mais conservadores.
Resumindo, rebranding num sector conservador pode responder a uma necessidade de realizar uma mudança radical, normalmente devido a alterações importantes na empresa a nível estratégico. A um dado momento, a empresa sente necessidade de se dirigir ao público de outra forma para alcançar novos segmentos ou entrar em novos mercados, ou simplesmente para manter os clientes que já possui com a entrada de novos participantes disruptivos no mercado. Com novo posicionamento, a marca possibilita mostrar características distintas perante os concorrentes de forma única, criativa e respeitosa e também o seu posicionamento no mercado concorrencial.