Hub Media é a nova agência portuguesa de Comunicação integrada

Começou a dar os primeiros passos em 2024, mas é agora apresentada oficialmente ao mercado. A Hub Media posiciona-se como uma agência de comunicação integrada, abrangendo um vasto leque de serviços nas áreas de media, digital, criação de conteúdos e marketing de influência.

A agência é fundada por Vanda Rosário, que decide lançar este projecto depois de 10 anos na Ipsis. Nas palavras da própria, a Hub Media posiciona-se como um hub de comunicação e marketing, com uma oferta de serviços e soluções assente na convergência das diversas áreas, e que procura criar valor para os seus clientes através de uma abordagem focada no “storydoing”. «Queremos inspirar, conectar e transformar cada momento de comunicação. E fazemo-lo através de novas ideias, de um sentido criativo e estratégico que leva a uma convergência em torno de soluções inovadoras e eficazes. Mas somos mais do que palavras. Assumimos uma abordagem de storydoing, que vai além do tradicional storytelling, ao enfatizarmos a implementação prática das narrativas dos nossos clientes», explica à Marketeer a fundadora e managing director da Hub Media.

Apesar de recém-criada, a agência, que conta com uma equipa de oito profissionais seniores e está sediada em Lisboa, já conquistou as contas de clientes como Glovo, Prémio Cinco Estrelas, Trollbeads, Cegoc, Flag, Pepco, Ericsson, entre outros.

Vanda Rosário, fundadora e managing director da Hub Media

Em que contexto e com que objetivos é que a Hub Media surgiu no mercado português? E porquê o nome Hub Media?

A Hub Media é uma agência especializada em comunicação integrada, que se posiciona como um hub de comunicação e marketing junto dos nossos clientes. Nesse sentido, os nossos serviços de consultoria fazem-se exactamente nestas áreas de actuação.

Também por isso, o nome de “Hub Media”, ao reflectir a sua função central de ligação (hub) no domínio da comunicação e marketing, como ponto de convergência entre diferentes targets. E permite salientar o papel da agência enquanto núcleo central na gestão e disseminação de estratégias de comunicação de quem procura a Hub Media.

A empresa garante que a sua abordagem é “baseada em dados e sustentada no conceito PESO (Paid/Earned/Share/Owned)”. Em que consiste este modelo de negócio e que vantagens para os clientes?

A génese do PESO remonta ao início do século. Ao longo deste período, tive a oportunidade de beber e maturar as premissas que constituem este conceito, o que me permitiu adaptá-lo para aquela que é a minha visão do negócio. Estou ciente do que significa e como é que deve ser explorado no terreno.

De forma muito sintética, a sua principal directriz passa pela utilização de insights derivados de dados, no sentido de orientar estratégias futuras. Com isso, reduz-se a dependência de suposições e aumenta a precisão nas acções de marketing. Se puder dar três premissas que resumam o PESO, estas são: estratégia integrada, eficácia e alinhamento com as dinâmicas do mercado.

Reforço o pensamento storydoing. Baseamo-nos em dados, que nos impelem a compreender melhor o comportamento e as preferências dos targets. E o que apresentamos como isso? Simples, capacidade de garantir uma personalização das campanhas e a optimização contínua dos resultados, o que, inevitavelmente, maximizará a eficácia e o retorno.

Qual o leque de serviços disponibilizados pela Hub Media? E quais as áreas com maior expressão no negócio?

Os serviços da Hub Media visam atender às necessidades dos clientes e do mercado em geral. Depois, a nossa vasta experiência permite-nos oferecer serviços de consultoria, que podem ir da Assessoria de Comunicação à Gestão de Crise, Gestão Digital, Influence Marketing e Produção de Conteúdos.

Actualmente, as áreas com maior expressão no negócio da Hub Media são a Consultoria em Comunicação e a Gestão Digital, onde a agência demonstra uma expertise significativa. Paralelamente, a Produção de Conteúdos começa a destacar-se, pois reflecte o compromisso no fornecimento de soluções de comunicação eficazes e inovadoras, em linha com as solicitações de todos aqueles que em nós confiam.

Como é composta actualmente a carteira de clientes da agência e que sectores de atividade representam? E que clientes foram angariados já este ano?

Integramos um leque deveras interessante de clientes na nossa carteira. Somos ainda muito jovens, estamos agora a dar os primeiros passos… pelo que é entusiasmante vermos o que já alcançámos.

Mais a fundo, quero destacar, na componente Digital e Criação de Conteúdos, a Glovo, as marcas da área de saúde animal da farmacêutica Elanco, a Wissi, a certificação Cinco Estrelas, ou a marca de joias dinamarquesa Trollbeads.

Na assessoria mediática temos um portfólio que inclui a Acciona Energia, a Cegoc, a Flag, o ISEC Lisboa, Cocktail Team, a multinacional Pepco ou várias tecnológicas globais, como a Appian, Ericsson ou Xerox.

Já no arranque deste ano conquistámos a marca Bambo Nature do Grupo Quilaban, a insígnia Neves de Almeida, chegámos a um mundo frenético, como é o das start-ups, através da Trafero, gerimos a imagem de Tony Gonçalves, executivo luso-americano com ampla notoriedade e conhecimento dos media globais. E também reforçámos o portefólio de estética e saúde, com a entrada do Grupo Sorisa, da Escola Profissional de Estética e Cabeleireiro (EFAPE) e da Infitravel.

É uma lista longa e heterogénea, que abarca diferentes áreas de actuação, da corporativa e institucional a marcas e produtos, tecnologia B2B e B2C, em Media Relations ou Digital. O que demonstra bem a capacidade da equipa em responder aos constantes desafios que nos são apresentados.

Quais os principais projectos com assinatura da Hub Media até ao momento? E com que resultados?

Como ponto prévio, direi que os maiores desafios, aqueles que podem contribuir para a Hub Media ser ainda mais inovadora junto dos clientes, prendem-se exactamente com os projectos internacionais que temos em mãos. Quer os que implementamos localmente, mas, sobretudo, aqueles que iniciamos ou gerimos a partir do mercado nacional, e que têm como origem outras latitudes.

E quando nos cruzamos com equipas internacionais o resultado é sempre positivo; porque aprendemos algo, pelas sinergias criadas, ou pelas novas ideias ou metodologias identificadas. Embora, seja também muito motivador comprovar que, tantas vezes, aquilo que fazemos localmente está em linha, ou até à frente, com mercados que consideramos a priori mais maduros.

Quantos elementos compõem a equipa da Hub Media?

Actualmente, a Hub Media conta com oito profissionais, que apoiam os clientes ao nível de capacidade de influência, criação de alianças e um envolvimento cada vez maior na estratégia de negócio. A estrutura responde de acordo ao perfil e necessidades dos projectos que temos connosco, e o facto de serem maioritariamente seniores reforça a nossa preocupação de serviço ao cliente.

A equipa da Hub Media conta com elementos que passaram por várias agências, alguns das quais que comigo se cruzaram ao longo da minha carreira. Tive a oportunidade de conhecer incontáveis profissionais e ter uma noção clara de quem pode e como pode oferecer algo de diferenciador.

Na Hub Media, todos agregam uma vasta experiência e senioridade, sendo uma mais-valia que colocam ao dispor dos clientes, ao garantir um know-how consolidado no sector da comunicação. E enquanto agência é fundamental contar com uma base sólida de competências, metodologias e redes de contactos já consolidadas, aspectos cruciais para ser bem-sucedida.

A nível pessoal, o que a levou a abraçar este novo desafio?

Os mais de 25 anos no sector reforçam o meu conhecimento na área e a segurança que os clientes necessitam. A decisão de criar a Hub Media não é mais do que uma evolução natural do meu percurso, que tem vindo a ser cimentado por uma aprendizagem contínua, seja através dos projectos em que estou envolvida, como pelo meu interesse em aprender sempre mais. Não é por acaso que recentemente iniciei, também, um doutoramento em Ciências da Comunicação. Estamos em constante evolução, nunca devemos dar nada por garantido, e a atenção e o cuidado para com aquilo que outros nos podem transmitir é um dos segredos em qualquer ecossistema de negócios, neste em particular.

Sinto, igualmente, que a Hub Media possibilita alinhar a minha visão sobre comunicação e permite que eu tenha a minha “voz”. E a oportunidade de seleccionar e colaborar com uma equipa experiente e dinâmica tornou este desafio natural e ainda mais motivador. A Hub Media tem um tremendo potencial. Queremos, em conjunto, gerar impacto, desde logo, com o desenvolvimento de soluções criativas e eficazes para os clientes.

Quais os objectivos traçados para 2025? E que áreas antevê que terão maior crescimento este ano?

Actualmente, vivenciamos alterações na sociedade e, consequentemente, na forma como comunicamos. Como tal, é também imperativo fazermos uma análise crítica ao nosso sector, para que possamos dar passos de optimização face à actual e futura posição.

A Inteligência Artificial é uma realidade crescente, cada vez mais integrada no quotidiano, e começa a ter algum papel no dia-a-dia da agência, apesar de não substituir a relação humana que privilegio junto dos diferentes players. A integração da IA tem sido explorada ao nível de Análise de informação e insights, como apoio na leitura de algumas tendências e outras fontes que nos permitem obter maiores insights sobre o público-alvo, o desempenho de campanhas e tendências de um determinado sector.

Em específico, no que concerne a 2025, traçámos objectivos ambiciosos focados na consolidação e expansão da presença no mercado. Queremos ser uma referência na comunicação integrada. E isso faz-se com um fomento na carteira de clientes e no fortalecimento das nossas parcerias estratégicas.

Creio que se registará maior crescimento na gestão digital, dada a importância desta área na construção de marcas e no envolvimento com o público. Também a produção de conteúdos multimédia será um must, que incluirá formatos interativos e audiovisuais, para acompanhar as novas tendências de consumo de informação. Igual atenção para a comunicação de crise e reputação, à medida que as empresas procuram uma gestão mais estratégica da sua imagem perante os desafios e oportunidades que o mercado apresenta.

Texto de Daniel Almeida

*O jornalista escreve segundo o Antigo Acordo Ortográfico

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