Grupo Jerónimo Martins cresce na Polónia e em Portugal

O Grupo Jerónimo Martins assistiu ao crescimento das vendas na Polónia e em Portugal, nos primeiros nove meses do ano. As vendas consolidadas aumentaram em 8,7% face a igual período do ano passado, atingindo os 7.954 milhões de euros.

Ainda que o crescimento da economia polaca tenha abrandado, a Biedronka “continua a fortalecer a sua quota de mercado e o seu desempenho de vendas está claramente acima do que regista o mercado”, informa o Grupo Jerónimo Martins em nota enviada às redacções. Também em Portugal, apesar da retracção do consumo, as marcas de distribuição alimentar do Grupo reforçaram quota de mercado.

Até ao final de Setembro o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) consolidado aumentou 5,2%. O resultado líquido do Grupo ascendeu a 272 milhões de euros, o que reflecte um crescimento de 6,2% face ao período homólogo do ano passado.

Já o investimento do Grupo cifrou-se nos 327 milhões de euros. 87,4% deste valor foi alocado à Biedronka. Em Portugal, e até ao final de Setembro, o Grupo Jerónimo Martins investiu cerca de 38 milhões de euros, 35 milhões dos quais no negócio da distribuição alimentar.

«A Biedronka concluiu, antes do prazo previsto, o exigente plano de conversão de todas as suas lojas para o novo layout, no que constitui uma afirmação da sua capacidade de execução e excelência operacional», destacou na mesma missiva Pedro Soares dos Santos, CEO do Grupo.

«Em Portugal, com a progressiva deterioração da situação socio-económica, acentuam-se a queda do consumo e a sensibilidade dos consumidores ao factor preço. Neste contexto, a nossa prioridade é manter a competitividade como forma de reforçar a nossa quota de mercado», garantiu o responsável.

No terceiro trimestre de 2012 a Biedronka deu continuação ao seu ritmo de expansão, tendo inaugurado 66 unidades e terminado a adaptação ao novo layout de todo o seu parque de lojas.

As vendas like-for-like no período em questão aumentaram em 5,5%, devido ao aumento do número de visitas e do ticket médio de compra.

No total dos nove meses do ano, o crescimento de 17,6% das vendas foi sustentado por um like-for-like de 6,5% e pelo aumento do número de lojas, mais 250 que no mesmo período de 2011.

Já em Portugal, no terceiro trimestre as vendas do Pingo Doce cresceram 2,5%, estimuladas pelas cinco lojas adicionais, face ao ano anterior, e pela actividade promocional levada a cabo pela marca neste período. Ainda assim, e num reflexo da crescente quebra geral do consumo, o desempenho de like-for-like foi de -0,8%.

Em contraciclo com a tendência de queda do segmento grossista, as vendas do Recheio nos primeiros nove meses de 2012 ficaram em linha com as registadas no período homólogo do ano anterior, tendo o like-for-like ficado nos -0,1%. Ainda que as vendas no segmento do retalho tradicional tenham manifestado um comportamento positivo, a contracção do canal Horeca, em queda desde Março, “não permitiu atenuar a pressão”, adianta a empresa.

Na área de Marketing, Representação e Restauração, que inclui os negócios de representação de marcas, as cafetarias Jeronymo, os quiosques Olá, e os restaurantes Chillis e Jeronymo Food with Friends, foi registado um decréscimo de 3,6%, fruto das “difíceis condições de mercado”.

“Apesar dos desafios em Portugal e do abrandamento do crescimento na Polónia, o Grupo está confiante que 2012 será um ano de bons resultados”, lê.-se no comunicado. “Prevê-se um crescimento a dois dígitos das vendas consolidadas (a taxa de câmbio constante) e um saudável crescimento da rentabilidade. A margem de EBITDA, por via da decisão de fortalecer a competitividade do negócio em Portugal, deverá situar-se ligeiramente abaixo do ano anterior”, reforça.

Já o desempenho da Biedronka permite «confirmar a perspectiva positiva em termos de crescimento de vendas a dois dígitos (a taxa de câmbio constante) e de bom crescimento de resultados para este ano de 2012», adianta o CEO. «Estou, por isso, confiante que temos o modelo de negócio certo e adequado para continuarmos a concretizar o potencial de crescimento que identificamos na Polónia», remata o CEO.

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